The Macchiato's Lady- Temporada BÔNUS

Chapter 32

THE MACCHIATO'S LADY - TEMPORADA BÔNUS

POV MIRANDA

— Aii, Andrea.

Reclamo quando minha esposa pressiona algodão com antisséptico na minha sobrancelha esquerda.

—Shiu!

Eu repito os "ai's" quando ela repete o processo no meu lábio e perto da orelha. Estou sentada numa cadeira dentro do banheiro e ela de pé entre as minhas pernas me torturando. 

— Para, Andrea. Está doendo.

— Se você quer que eu limpe, precisa ficar quieta.

— Eu não quero! Eu pedi quando você pegou o algodão. Eu repeti cinco vezes, mas você continua me torturando.

— Precisa limpar, Miranda.

— Não está ruim. Eu...

— Precisa limpar. Não sei se você se lembra, mas você tem diabetes. Pessoas com esse problema, não podem se dar ao luxo de ter corte, ferimentos...é perigoso. Que sorte a Caroline trancou as crianças no quarto. Seria horrível eles verem a mãe apanhando.

— Eu não apanhei.

Respondo ofendida.

— Se engalfinhando com a irmã daquela maneira.

— Eu-não-apanhei.

— Por que vocês não sabem sentar e conversar?

— Ela quem começou.

— As duas começaram. A sorte é que as duas tem as unhas aparadas.

Eu sinto vontade de rir da sua frase tão levianamente inocente.

Mas quando Andrea percebe que estou rindo, desliza o algodão com força na minha testa e eu gemo alto.  Ela passa um anestésico nos ferimentos e me olha. Nos olhamos por alguns segundos e ela nega com a cabeça olhando para os pontos onde aquela maluca me feriu.

— Inacreditável, Miranda. 

Me dá um selinho devagar, joga o algodão no cesto de lixo e volta para o nosso quarto. Me olho no espelho e vejo os ferimentos no rosto. Me levanto e volto para o quarto. Andrea está de ajeitando debaixo das cobertas.

— Vem deitar.

Resignada e sentindo a necessidade de um pouco de aconchego, me aninho nos braços de Andrea, que me recebe com afetuosidade e acolhimento.

POV EILEEN

Olho para Ella que continua insistindo para a nossa filha comer, mas Elouise não aceita.

— Come só um pouquinho, Elouise.

Minha filha sequer responde. Apenas afasta o prato e fica agarrada a um unicórnio de pelúcia que Miranda deu para ela alguns meses atrás. Ela até o havia esquecido, mas desde ontem ela está agarrada com a pelúcia como se fosse a própria tia.

— Elouise, preciso que você coma ou vou ter que levar você pra o hospital. Você vai ficar fraquinha se não comer.

Minha filha está irredutível. O dia já amanheceu faz um tempo e ela se recusa comer. A vemos se levantar e sair correndo para o quarto outra vez. Me levanto para seguí-la, mas minha esposa segura meu braço.