Capítulo 39 - Sua mulher

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NOTAS DA AUTORA:
Esse capítulo contém cenas +18, então leia apenas caso sinta-se confortável.
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14/09/2022 - 441 dias antes do assalto a Florence Joalheria

Sadie Sink

"Cacete, eu quero as fotos da viagem na minha mesa o quanto antes. Entendeu?!"; Maya me cobrou.

"Não tiramos foto alguma ainda, acredita? Ainda mais com o Dacre sendo low profile..."; respondi-a rindo com minha própria mensagem.

"Nem tudo é perfeito, não é. Espero que esteja aproveitando, você merece, Sink", disse por fim e bloqueei o telefone deixando-o sobre a mesa assim que vi Dacre voltar do buffet.

— Eu vi a risada. Era a Maya, acertei? — ele perguntou ao sentar em minha frente na mesa.

— Era, ela queria saber como estava indo a viagem. — assenti, bebendo do capuccino.

-— E como está sendo? — ele devolveu a pergunta com o olhar curioso.

— Ótima, não é óbvio. — revirei os olhos ao colocar a xícara no pires. — E ainda insiste no expresso, credo Montgomery. Por que não prova o meu? É doce. — empurrei a bebida para ele.

— O único doce que eu gosto é o... — pausou e mordeu o lábio. — Deixa para lá. — riu pelo nariz.

Suspirei diante de sua resposta, já que era óbvio que se referia a alguma coisa imprópria. Optei por não dizer mais nada e apenas aproveitar o café da manhã; eu sem dúvida sentiria falta daquilo.

— Algum plano para hoje? — ele perguntou após meu silêncio se estender por alguns minutos.

Neguei com a cabeça. — Não pensei em nada. — coloque os cotovelos sobre a mesa.

Eu até tinha alguma ideia, considerando as vezes que vim em família para cá e a única opção era sempre a praia, mas talvez sugerir a Dacre que visitássemos um museu não fosse a melhor opção.

— A viagem de férias é sua, você quem manda. — ele disse.

Eu ri já imaginando sua reação com a minha sugestão. — Tem uma vila italiana aqui perto, talvez seja legal. Nunca fui lá e quase sempre passávamos perto quando íamos a Hollywood.

— Calçada da Fama? — ele riu.

— Meu pai e Mitchell achavam super incrível o fato de existir várias estrelas em uma calçada, enquanto eu, achava um tanto entediante. — respondi assentindo. — As pessoas subestimam demais.

— As pessoas tem esse hábito. — ele concordou ao levantar-se da mesa. — Vem, garotinha executiva, vamos para a Itália. — disse ao ver que eu permanecia sentada ainda.

Sorri diante disso; eu sem dúvidas ficaria mal acostumada com seu hábito de concordar com minhas ideias de passeio.

(...)

Era bom sentir o vento contra o rosto enquanto Dacre dirigia. O loiro não disse muita coisa desde que acordamos; acho que a conversa de ontem o incomodava um pouco, ainda que eu tivesse frisado que estava tudo bem. Mas eu sei que ainda tem medo de parecer vulnerável e não o julgo por isso.

No rádio tocava alguma música aleatória, a qual eu nem prestava atenção, já que a paisagem parecia bem mais interessante, porém, não mais que o próprio Dacre; uma vez que eu perdia facilmente alguns minutos o olhando pelo canto dos olhos. Tinha alguma coisa atraente demais na sua feição concentrada no trânsito; talvez fosse a pressão com que segurava o volante e me remetesse a sua mão em mim ou simplesmente porque era realmente bonito por si só a maneira como parecia relaxado sentado ao meu lado.

Crime Culposo | Vol.1Onde histórias criam vida. Descubra agora