•Primeiro livro da série Lancaster
Charlotte sempre tentou viver à margem dos holofotes, apesar de pertencer a uma das famílias mais influentes do mundo. Determinada a ter uma vida comum, ela se mantém distante dos eventos da alta sociedade que a ce...
Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.
Aproximo-me do homem trêmulo, sentindo seu medo pulsar no ar como uma neblina densa. Sua respiração era pesada, irregular, e o suor escorria pela sua pele pálida. A poça de sangue sob ele aumentava a cada segundo, um lembrete do que eu era capaz de fazer.
Coloco minhas luvas de couro favoritas, o toque do material frio e firme me dá uma sensação de poder. Acendo o isqueiro, o metal reluzente refletindo a luz fraca do local, e sinto a emoção familiar pulsar em mim. Aproximo-me do seu rosto, observando seu olhar de desespero.
— Isso vai doer — digo com um tom de voz suave, quase sussurrante.
Ele começa a gritar, um grito desesperado que ecoa nas paredes do armazém, mas isso não me perturba. Tiro o isqueiro mais perto do seu olho, enquanto ele tenta se afastar, mas o puxo de volta, seus movimentos se tornando cada vez mais frenéticos. O cheiro de queimado se mistura ao de sangue enquanto finalizo o que comecei. Seu olho, agora completamente carbonizado, é uma visão grotesca, mas sinto uma satisfação profunda ao olhar para o trabalho.
— Então, você realmente achou que seria uma boa ideia tentar tirar fotos minhas no banheiro da Academia? — pergunto, balançando a cabeça em desaprovação, quase em tom de lamento.
Ele balança a cabeça, lágrimas escorrem pelo olho que ainda estava intacto. Suas tentativas de falar resultam em palavras incompreensíveis, mas não que eu me importasse com sua explicação.
Dirijo meu olhar para suas mãos amarradas na cadeira e me movo até uma mesa próxima, pegando uma de minhas facas favoritas, com lâmina fina e perfeitamente afiada. Retorno ao meu lugar, um sorriso sutil se formando nos meus lábios enquanto a lamina reflete a luz.
— Sabe, eu até pensei em simplesmente deletá-lo ao diretor, mas depois que descobri que você ia vender as fotos... — deixo a frase no ar, o tom de voz gélido. — Achei melhor brincar um pouco. Estou um pouco entediado esses dias.
Passo a ponta afiada da faca pelos seus dedos, arranhando de leve, e vejo a luta em seu rosto se intensificar. Sem esperar mais, decido cortar os quatro dedos de uma vez, ouvindo o som nítido do sangue jorrando e manchando minha camisa. O sabor do poder se torna quase intoxicante, e o homem começa a parar de se debater, seu corpo cedendo ao desespero.
Chamo um médico que trabalha para mim em casos como esse. — Deixe-o vivo — ordeno. A morte seria fácil demais para ele. A dor, essa era a verdadeira recompensa.
Depois de garantir que tudo estava sob controle, começo a arrumar minhas coisas, com uma calma quase ritualística. Saio do armazém, situado no meio da floresta, um lugar isolado onde gritos não alcançam os ouvidos curiosos. A localização foi cuidadosamente escolhida, um santuário para os meus jogos.
Troco de camisa, a mancha de sangue sendo rapidamente substituída por uma nova, limpa e sem marcas. A imagem de quem sou deve ser impecável, sempre. Dirijo em direção ao meu carro, onde meus homens de confiança já prepararam tudo com precisão, prontos para qualquer necessidade.