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Sentada no carro, a caminho do Windsor Club a convite da Rainha Eliza, admiro a paisagem que se estende à minha frente

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Sentada no carro, a caminho do Windsor Club a convite da Rainha Eliza, admiro a paisagem que se estende à minha frente. As casas, elegantemente espaçadas, contrastam com a agitação da cidade de Londres, e tudo parece tão diferente do que eu havia imaginado.

Quatro dias se passaram desde que chegamos, e a monotonia começou a se instalar. As horas arrastavam-se sem nada de divertido, e se essa fosse a minha ideia de férias, eu já considerava um fracasso.

— Acho que vocês irão se divertir muito hoje — diz vovó, com um sorriso terno. — Os amigos do príncipe Frederick são garotos bons, de boa família. E quem sabe não encontram algumas garotas lá também?

— As garotas não vão ao clube? — pergunto, intrigada.

— Vão sim, mas não se misturam muito com os garotos, principalmente se forem o príncipe e seus amigos.

— Por que não? — Emma pergunta, com uma expressão de curiosidade.

— Isso é a coisa mais estúpida que vocês vão ouvir — mamãe cochicha ao meu lado, a voz baixa, como se não quisesse que a regra não falada chegasse a mais ouvidos.

— Meninas e meninos não são amigos, não pode haver amizade entre os dois sem algum interesse amoroso envolvido.

— Isso é besteira — retruco, o tom desafiador nos meus lábios.

— Sou amiga de vários garotos, e nunca fiz sexo com nenhum deles — Emma declara, um orgulho na voz que faz eu e Anne rirmos.

Vovó suspira, chocada, enquanto o olhar de desaprovação se fixa em nós.

— Não diga essa palavra nunca mais! — ela repreende, com um olhar severo.

— Qual palavra? — pergunta Anne, com um semblante inocente.

— Sexo? — respondo, sem me conter.

— Meninas!

— Por que não? — insisto, a rebeldia crescendo em mim.

— Talvez você fique grávida apenas por pronunciá-la — mamãe brinca, mas o nervosismo em seu olhar revela que ela não está completamente à vontade.

— Lauren! — Vovô intervém pela primeira vez, sua voz autoritária cortando a tensão no ar.

— É estritamente proibido falar sobre... isso... — Vovó explica, a voz baixa e carregada de seriedade. — A Elite tem uma regra antiga: a intimidade só deve ser discutida e compartilhada entre casais após o casamento.

— Em que ano estamos? 1800? — indago, a incredulidade evidente na minha expressão.

— Charlotte! Isso não é brincadeira! — Vovó continua, a frustração crescendo. — Todos, independentemente do gênero, não devem se envolver fisicamente com ninguém antes de se casarem, ou pelo menos estarem noivos. Se a Elite descobrir que alguém não mantém sua virtude, pode ser expulso da sociedade ou até perder seus postos.

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