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Dormi desde a hora em que cheguei até o dia seguinte, e, para ser honesta, acho que nunca me senti tão cansada na vida

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Dormi desde a hora em que cheguei até o dia seguinte, e, para ser honesta, acho que nunca me senti tão cansada na vida. Por conta disso, perdi o jantar e, ao acordar, decidi me preparar para o dia com um pouco mais de entusiasmo.

Sentada na cama, olhei ao redor, absorvendo os detalhes do quarto. O estilo barroco da arquitetura era impressionante; as paredes altas e ornamentadas eram iluminadas pela luz suave da manhã, enquanto os tons claros do ambiente traziam uma sensação de serenidade. Os móveis, com seus acabamentos luxuosos, pareciam ter saído de um conto de fadas, totalmente diferentes dos meus móveis modernos e despretensiosos.

Levantei-me, admirando o espaço que me cercava. Fui até minhas malas, que estavam ao lado da cama, e escolhi uma saia preta de pregas e um suéter branco. Confesso que gostaria de ter optado pelos meus jeans confortáveis, mas sabia que isso causaria um pequeno piripaque em minha avó.

Deixei meus longos cabelos loiros soltos e, ao me olhar no espelho, notei o destaque dos meus olhos verdes, uma herança inconfundível dos Lancaster. Os típicos olhos verdes claros eram uma marca registrada da família. Não sei como isso funciona, mas, em um passado distante, era mais comum ter olhos castanhos, então sempre que alguém aparecia com esses olhos verdes, era presumido que fosse um Lancaster. Atualmente, os olhos verdes eram mais frequentes entre as pessoas, mas naquela bolha social ainda eram um símbolo de status.

Mandei um beijinho para mim mesma no espelho e saí do quarto em direção à cozinha, morrendo de fome por conta do jantar perdido. Depois de me perder no mínimo umas cinco vezes pelos corredores opulentos, finalmente encontrei uma empregada, que, gentilmente, me guiou até onde minha família estava reunida.

— Olha só quem finalmente acordou! Achei que você iria hibernar durante esses três meses — vovô brincou ao me ver, e eu rolei os olhos automaticamente, um gesto habitual.

— Eu estava apenas muito cansada — defendi-me, sentando-me à mesa próxima a ele.

— Dormiu bem, querida? — minha mãe perguntou, com um sorriso acolhedor.

— Muito mais que bem! Parecia que estava deitada nas nuvens — respondi, exagerando um pouco, e minha avó soltou uma risada suave.

— Os colchões realmente são melhores — Emma comentou, como se fosse uma especialista em conforto.

Olhando para a mesa, percebi que estava repleta de comida, como se estivéssemos servindo um batalhão de pessoas. A variedade era de fazer qualquer um babar: frutas frescas, pães crocantes, queijos artesanais e uma seleção de pratos quentes que deixariam qualquer buffet de luxo envergonhado. Escolhi com cuidado o que desejava e comecei a prestar atenção na conversa animada da minha família.

— Iremos depois do café. Eliza quer conhecer as meninas e desfrutar de um almoço com todos nós — vovó respondeu à pergunta de minha mãe sobre o horário que iriamos visitar a família real.

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