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Não consigo tirar Charlotte da cabeça

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Não consigo tirar Charlotte da cabeça.

Não que eu conseguisse antes, já que ela sempre ocupou cada canto dos meus pensamentos, mas agora é diferente. O que aconteceu entre nós no jardim da casa dos avós dela me deixou em um estado de desejo insaciável. Lembro da forma como seu corpo reagiu ao meu toque, a sua pele quente e molhada sob as minhas mãos. Era uma combinação de excitação e rebeldia, sabendo que poderíamos ser pegos a qualquer momento. A ideia de algum idiota ter visto minha namorada em uma situação tão íntima apenas aumenta a intensidade desse desejo.

A consequência dessa rebeldia é a ereção que me acompanhou a noite toda. Perdi a conta de quantas vezes gozei, mas nada parecia suficiente. Apenas pensar em tocá-la novamente me deixava em um estado de expectativa insuportável.

Tento me afastar desses pensamentos, mas é impossível quando estou com Charlotte na minha frente, usando uma saia tão curta que mal cobre suas pernas. Ela está em meu quarto, arrumando minhas coisas, e cada movimento dela me faz sentir como se estivesse prestes a explodir de desejo.

— Ei, Fred, onde você coloca sua mala? — ela pergunta, seu tom de voz descontraído, mas eu sinto uma onda de nervosismo.

— Fica no closet — digo, levantando da cama e indo em sua direção, as mãos nos bolsos da calça. — Não precisa fazer isso, querida. A empregada pode arrumar.

— Não, eu vou fazer isso. Você pode esquecer alguma coisa — ela responde, com uma expressão decidida que me faz sorrir.

— Nunca esqueci nada em nenhuma viagem. Maria tem uma lista — tento convencê-la, desejando que possamos fazer algo mais divertido juntos.

— Não importa! — Ela se vira de repente, um olhar desafiador em seu rosto. — Se você quiser namorar comigo, ou você me deixa arrumar essa porcaria de mala ou você mesmo faz. Nenhuma mulher vai tocar nas suas coisas, entendeu?

Um sorriso ladino se forma em meu rosto. Ah, então era isso. Desde que falei sobre a viagem, ela não parou de me perguntar onde iríamos, e agora percebo que ela está com ciúmes.

— Ok, vamos colocar da seguinte forma — ela diz, decidida, enquanto busca a mala no closet. — Digamos que vamos viajar para a praia e um empregado, homem, vai arrumar minhas malas. Ele vai tocar em todas as minhas roupas, incluindo biquínis e roupas íntimas.

— Não! — A raiva flui em mim como um fogo. Nenhum homem irá tocar nas coisas dela. Isso é inaceitável.

— Bem, mas ele tem quase quarenta, tem idade pra ser nosso pai — ela diz, seu tom sarcástico faz com que eu perceba o quanto estou sendo irracional.

Suspiro e me aproximo, envolvendo-a em um abraço por trás, descansando minha cabeça em seu cabelo macio e cheiroso.

— Desculpe, Char. Não tinha visto por esse lado — digo, apertando-a contra mim, sentindo o calor do seu corpo me acalmar, mas também acendendo a possessividade que sinto.

Lancaster IOnde histórias criam vida. Descubra agora