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Talvez se eu conseguisse escapar na calada da madrugada e rumar para o aeroporto, eu poderia chegar a Los Angeles sem que ninguém percebesse

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Talvez se eu conseguisse escapar na calada da madrugada e rumar para o aeroporto, eu poderia chegar a Los Angeles sem que ninguém percebesse. O plano parecia mais atraente a cada momento, pois essa viagem estava se revelando um pesadelo, pior do que eu poderia imaginar.

Definitivamente, sentar à mesa com adultos em uma quarta-feira à noite, ouvindo conversas sobre como o príncipe Frederick já estava na idade de se casar, não estava nos meus planos para este verão. 

O que me confortava era saber que neste final de semana teríamos uma festa. Eu estava desesperadamente torcendo para que os britânicos soubessem como fazer uma celebração. Ouvi rumores de Emma sobre a festa universitária; a esperança de que houvesse alguma diversão me mantinha à tona. Afinal, seria uma festa à fantasia, e eu passei horas pesquisando algo que eu pudesse improvisar com o que tinha no armário, já que não conseguiria sair para comprar uma fantasia.

Os meus avós não tinham a menor ideia do que realmente nos esperava. Quando contei à mamãe sobre a festa com Frederick, Alaric e Isaac, ela fez um som de silêncio que ecoou na sala como se tivéssemos revelado a localização do tesouro perdido da rainha. Não, não era um segredo de estado, mas definitivamente algo que eles não podiam saber. Assim, a verdade seria ocultada sob o tapete.

Mentir seria um termo mais apropriado. Enquanto vovô e vovó achavam que iríamos a uma festa do chá com uma tal Bella, a verdade era que a gente estaria em uma festa universitária, cercada por desconhecidos, tomando bebidas estranhas e dançando como se não houvesse amanhã. Soava como um sonho que poderia se tornar um pesadelo, mas eu estava disposta a correr o risco.

Fui arrancada dos meus pensamentos por um chute sutil em meu pé. Anne me olhou com um sorriso travesso, enquanto Eliza me chamava.

— Charlotte? — sua voz era doce, mas cheia de curiosidade, como se esperasse ansiosamente uma revelação.

— Sim? — respondi, tentando manter a expressão neutra, mas um pequeno sorriso brotou involuntariamente.

— Perguntei se você gostou do clube; suas irmãs acharam bem interessante. — Olhei ao redor e percebi que todos estavam focados em mim, a atenção era como um holofote. O calor na sala aumentava, e eu sentia a pressão nos ombros.

— É um lugar bastante interessante, ótimo para relaxar. — Tentei ser evasiva, mas minha mente vagava para longe, em busca de uma fuga.

— Que bom que gostou! Se tiver interesse, pode fazer aulas; os professores são os melhores do país. — Eliza continuou, com um brilho de entusiasmo nos olhos. Eu a admirava por sua paixão e por como sempre via o lado positivo das coisas.

— Ah, com certeza. — Vovó acrescentou, sem perceber a leve sombra de tédio na minha expressão. — O príncipe Frederick está tendo aulas de esgrima, não é? Uma habilidade útil para um futuro rei!

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