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Eu era dela

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Eu era dela.

Porra.

Eu já sabia disso. Mas agora ela sabia também.

A sensação que me percorreu quando ela disse aquelas palavras... foi como se uma parte de mim que estava adormecida há muito tempo tivesse finalmente despertado. Eu não sabia o que era, mas o calor se espalhou por cada parte do meu corpo, incendiando tudo dentro de mim. Aquele fogo não era novo, mas agora parecia mais forte. Mais urgente. Mais real.

Quando ela me olhou, sua expressão era um misto de desafio e aceitação, como se tivesse finalmente reconhecido o que estávamos construindo, mesmo que de forma silenciosa, desde o início. Eu sempre soube que éramos um do outro. Sempre soube. E agora ela sabia.

Ela.

Charlotte.

E o pior, ou talvez o melhor, era que isso não parecia amedrontá-la. Ela sabia que eu era dela, e isso mudava tudo. Ou talvez, isso simplesmente confirmava o que sempre estivemos escondendo. Eu não estava mais disposto a negar. Não queria mais esconder. Não queria mais fingir.

Eu não sabia o que estava acontecendo entre nós, mas não importava. Não fazia mais sentido entender. Ela se tornou uma parte de mim, e eu a queria.

Agora, a única coisa que restava era saber se ela se sentia da mesma forma.

— Mas o que você está falando? — A garota à minha frente falou, ainda tentando desviar a atenção de mim. Ela estava perdida, uma distração insignificante na grande bagunça que minha mente havia se tornado.

A única coisa que eu queria era Charlotte. E foi exatamente nela que concentrei toda a minha energia.

— Você ouviu. Eu sou dela. — As palavras saíram da minha boca com uma intensidade que fez até eu me surpreender. Apertei a mão de Charlotte e a puxei para o carro, ignorando completamente a garota que ficava ali, tentando ainda entender o que tinha acabado de acontecer.

Minutos depois, quando dei partida, não pude evitar o sorriso que apareceu no meu rosto. Era inevitável. A sensação de poder era esmagadora, uma mistura de triunfo e possessividade que me dominava.

— Eu sou seu, é? — Eu disse, meu tom irreverente, desafiador. O sorriso no meu rosto não escondia a satisfação de vê-la envergonhada.

Charlotte olhou para mim, seus olhos brilhando com uma mistura de raiva e... algo mais. Ela estava tentando esconder o que sentia, mas eu podia ver. Ela estava mais envolvida do que admitia. Cada vez que ela olhava para mim, eu sentia a luta interna dela, um desejo reprimido misturado com o medo de se entregar completamente. E isso, por algum motivo, me fazia querer ainda mais.

— Fica quieto. — Sua voz saiu baixa, quase inaudível, mas o brilho nos olhos dela me dizia que ela estava nervosa, agitada.

— Por quê? Agora que sou seu, vai começar a mandar em mim? — A provocação estava no tom da minha voz, mas a verdade era que eu queria testá-la. Queria saber até onde ela iria. Como ela reagiria se eu empurrasse um pouco mais?

Lancaster IOnde histórias criam vida. Descubra agora