•Primeiro livro da série Lancaster
Charlotte sempre tentou viver à margem dos holofotes, apesar de pertencer a uma das famílias mais influentes do mundo. Determinada a ter uma vida comum, ela se mantém distante dos eventos da alta sociedade que a ce...
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— Se você subir mais um pouco a sua mão, eu vou cortar ela. — Charlotte sussurra, uma mistura de desafio e brincadeira nos olhos, fazendo meu coração disparar. Sua voz suave e provocativa ecoa em meu ouvido, e eu congelei, a mão ainda pousando em sua coxa.
Estamos todos reunidos à mesa de um restaurante encantador, aninhado sob um céu estrelado que brilha como diamantes sobre nós. O ambiente é perfeito: o cheiro salgado do mar mistura-se ao aroma das delícias que saem da cozinha, enquanto uma banda local toca suavemente melodias havaianas, preenchendo o ar com notas suaves que nos envolvem como um abraço.
A luz suave das lanternas penduradas nas árvores cria sombras dançantes ao nosso redor, e o calor da noite parece intensificar a sensação de alegria que paira sobre o grupo. Observando as irmãs de Charlotte interagindo com nossos amigos, não posso deixar de sentir uma onda de satisfação.
— Então, nós, os meninos, decidimos que é proibido qualquer um nos tocar sem permissão. — Isaac finaliza sua história com uma seriedade exagerada, fazendo as garotas rirem.
— Sério? Vocês decretaram isso só porque uma garota aleatória passou a mão no terno do Alaric? — Anne questiona, rindo enquanto parece um pouco incrédula.
— Não havia razão para ela me tocar. — Alaric responde, a expressão no rosto tão séria que só faz aumentar a risada. Concordo com a cabeça, sabendo que ele tem razão.
— E se eu te tocar agora? O que aconteceria? — Emma provoca, a provocação em seus olhos fazendo com que todos se inclinem para frente, prontos para a resposta.
— Eu provavelmente agradeceria. — Alaric diz com um sorriso despretensioso, e o clima entre eles fica ainda mais divertido.
Reviro os olhos, não conseguindo evitar um sorriso. Olhando para Charlotte, não consigo deixar de me sentir sortudo por tê-la ao meu lado.
— Que cara otário. — Eu digo, fazendo-a rir. A risada dela é leve e alegre, como um sopro de ar fresco em uma tarde quente.
— Vocês são hilários. É meio estranho ouvir as conversas de vocês, mas, de alguma forma, eu não consigo parar de ouvir. — Charlotte diz, um brilho divertido nos olhos enquanto nossos amigos continuam a discutir sobre quem tem o direito de tocar em quem.
O som da música ao fundo se mistura com nossas risadas, criando uma trilha sonora suave que encapsula a essência daquela noite. Estou completamente absorto nesse momento, desejando que ele nunca acabe.
— Meninas? Meu Deus, não acredito que encontrei vocês aqui! — A voz aguda e vibrante ressoa próximo à mesa, fazendo com que todos nós virássemos a cabeça em direção à fonte do som. Uma garota da nossa idade avança, a animação transparecendo em cada passo.
— Só pode ser brincadeira. — Emma murmura, sua expressão se contorcendo em uma carranca que revela o desprezo. As outras três compartilham o mesmo olhar de desagrado enquanto observam a estranha se aproximando.
