capítulo 21

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Jennie kim

O dia passou correndo, e quando eu fui ver já estava na hora de ir buscar os gêmeos nas escola, como jisoo aumentou a carga de horário eu era a encarregada de fazer isso.

Passei o dia todo pensando no estado que lisa me deixou hoje de manhã, e também me deixou ainda mais ansiosa pra ter ela, pra me entregar a ela e ela se entregar a mim.

É meio louco pensar que minha vida está finalmente dando certo, eu estou feliz, meus filhos estão feliz, conheci alguém incrível de gosta de mim e também gosta dos meus filhos, oque mais eu poderia querer?

Sorrio comigo mesma pensando nessas coisas enquanto terminava de arrumar as cadeiras em cima das mesas.

—Jennie.- tomo um susto ao escutar a voz grave do meu chefe atrás de mim.

—Sim?.- coloco a última cadeira em seu devido lugar em cima da mesa antes de virar pro meu chefe - senhor Chris -.

—Poderia me acompanhar até minha sala.- ele diz calmo e eu assinto limpando minhas mãos no avental o acompanhando até sua sala.

Assim que entro ele fecha a porta e se dirige até sua cadeira fazendo menção pra que eu me sente a frente de sua mesa, e assim eu fiz.

Fico um tempo batucando os dedos na mesa até escutar ele pigarrear antes de dizer.

—Bom, eu vou direto ao ponto.- ele diz firme olhando no fundo dos meus olhos.- já sei que você trabalha em uma casa de prostituição.

Uma pontada direta no peito foi oque eu senti quando escutei ele falar.

—Eu não trabalho mais lá.- digo convicta e ele me olha com um certo nojo me fazendo recuar.

—Olha jennie.. ou Ruby, não sei como você prefere ser chamada, mais isso não vem ao caso. A questão é que eu não posso ter o nome do meu estabelecimento ligado a esse tipo de coisa.

—Mais eu não tenho mais ligação nenhuma com aquele lugar, foi até por isso que eu pedir pra aumentar minha carga de horário.- digo desesperada.

Eu não podia perder esse emprego, não agora que eu estava me reerguendo, não agora que minha vida estava dando certo.

O desespero me tomava por inteiro fazendo eu ter inúmeros pensamentos pessimistas enquanto encarava o homem a minha frente que não esboçava nenhuma expressão.

—Eu sinto muito, jennie, mais eu não trabalho com prostitutas. Aqui está o pagamento do tanto que você trabalhou esse mês, agora se retire do meus estabelecimento.- ele diz com uma frieza sem igual me cortando com as palavras praticamente me enxotando do lugar.

E assim eu fiz, peguei o envelope na mão tentando engolir o bolo que se formava em minha garganta, eu pisei fundo até pra fora daquela sala fechando a porta com força e indo até o lugar aonde os funcionários se trocam, tirando com raiva aquela maldita roupa, jogando em qualquer canto e colocando a minha em uma grande velocidade.

Peguei minha mochila e saí daquele lugar caminhando sobre a chuva, por que sim.

Ainda estava chovendo, uma chuva forte que escondia as lágrimas que desciam no meu rosto como uma cachoeira salgada.

Eu me perguntava o por que.

Por que quando tudo estava dando certo minha vida decidi me dar uma rasteira me obrigando a ficar na lama mais uma vez, jogando na minha cara que meu lugar é abaixo dos outros, que eu não sou digna de ser uma pessoa descente como as outras pessoas, que o único jeito de sobreviver e sustentar meus filhos é vendendo meu corpo.

Será que foi realmente a opção certa sair da boate?

Talvez Lindsay esteja certa, meu lugar seja lá, e tudo oque eu tenha feito pra sair de lá era só alguma forma de mascarar que eu sou tão podre quanto ela, quanto a qualquer um daquele lugar.

𝐕𝐢𝐝𝐚 𝐝𝐮𝐩𝐥𝐚 (Jenlisa)Onde histórias criam vida. Descubra agora