Quando o amor acontece - a história de Deniz & Zeynep - Caminhos Cruzados

Capítulo 7 - Um dia diferente.

Zeynep
Quando acordamos, por volta das 10 horas, estávamos com fome e fomos preparar o café da manhã.
Kyraz já estava de olho no celular e eu a questionei.
Z: Já no celular?!
K: É o Yalin. O Deniz mandou alguma mensagem?
Z: Nem olhei para a celular, ainda! Acho que o deixei no quarto. Vou ver... - Fui buscá-lo e quando voltei, notei que ela estava falando com Yalin...
K: Sim. E você? - Ele falou algo e ela respondeu. - Pode ser! Vou falar com Zeynep. Que horas vocês estão pensando? - Recebo uma ligação de Deniz e vou para a sala.
D: Bom dia, flor do dia! - Meu coração acelerou.
Z: Bom dia!
D: Eu e Yalin queríamos convida-las para passarmos o dia em nossa casa de campo, próxima daqui. O que você acha? - Kyraz aparece e eu faço sinal, para ela aguardar.
Z: Ah! Kyraz chegou aqui. - Eu olho para ela e ela sinaliza, avisando que ela aceitou. - Está bem, em 30 minutos estaremos prontas... - Ela assentiu.
K: Vou buscar um biquíni e umas roupas em casa e já volto. - Eu concordei e fui arrumar minhas coisas.
Troquei de roupa, coloquei shorts, camiseta e tênis, além de algumas coisas numa mochila. Fiquei na sala conversando com meu irmão, que tinha ido correr e acabado de voltar. Kyraz logo retornou de shorts, cropped, tênis e uma mochila.
H: Bom dia! - Falou medindo Kyraz da cabeça aos pés. - Então, vocês vão sair com os riquinhos?
Z: Aí Hakan, pára de ser ciumento! Eles são legais e são nossos amigos. - Eu o repreendi.
H: An-han! Sei, amigos... - Revirei os olhos e Kyraz não se pronunciou.
Yalin enviou uma mensagem, para Kyraz, que eles haviam chegado e nós nos despedimos.
Yalin beijou a mão de Kyraz e a conduziu para o banco traseiro e abriu a porta, para eu sentar com Deniz na frente... Quando entrei no carro, Deniz segurou minha mão e me puxou para um beijo leve em meus lábios, eu revirei os olhos.
D: Tudo bem? - Eu assenti.

O caminho foi divertido, fomos falando vários assuntos e rindo. Eles contaram histórias da infancia deles, travessuras... e nós sobre as nossas.
A casa era uma espécie de chalé, porém grande, muito linda e bem decorada, apesar de rústica.
Deniz foi falar com o caseiro e sua esposa, para preparar as coisas para o churrasco. Yalin nos mostrou a casa e nos conduziu a uma das suítes, para que deixássemos nossas coisas.
Kyraz não quis trocar de roupa, mas eu decidi colocar biquíni e uma saída de praia, que mais parecia um mini vestido e chinelos, pois queria tomar sol.
Assim que voltamos, Yalin sugeriu que fôssemos dar uma volta até o lago, que havia na propriedade, mas eu e Deniz preferimos ficar na piscina. Então, Kyraz foi com ele.
Z: Muito linda essa casa, adorei a decoração, apesar da pegada mais rústica. - Ele sorriu.
D: Essa casa foi onde meus avós paternos passaram seus últimos anos. Nós costumávamos vir aqui nos finais de semana, para relaxar, já que é muito próximo de Istambul. Reformamos recentemente e, grande parte das idéias são de mamãe. Ela tem muito bom gosto! Eu sempre a auxílio e dou um toque de modernidade, como algumas automações e ampliação dessa área externa de lazer, mas os arranjos finais e toda a parte de jardinagem é dela. - Falou orgulhoso. - Yalin não veio aqui, após a última reforma. Ele vai se surpreender, ou estranhar.
Z: Não sei porque, mas estou te achando modesto. - Ele se aproximou e colocou uma mecha de cabelo, atrás da minha orelha.
D: Por que? Ontem me disse, que eu era arrogante e metido... Mudou de idéia?! - Eu sorri.
Z: Vou usar aquela máxima "cuidado com suas palavras, elas podem se virar contra você..." - Meneei a cabeça e continuei. - Na verdade, não fui eu quem disse, apenas te falei sobre o que dizem as más línguas. - Baixei a cabeça e o olhei pelos cílios.
Ele segurou meu queixo, levantando-o para que eu o encarasse.
D: Então, acho que ganhei alguns pontos com você. Não?!
Z: Será? - Ele me puxou e me beijou na boca, apertando a minha cintura. Eu coloquei meus braços ao redor do seu pescoço, enfiando os dedos em seus cabelos.
D: Gostosa... - Sussurrou no meu ouvido. As coisas estavam quentes e eu achei prudente fazer algo para dispersar.
Z: Vamos dar uma volta, para você me mostrar o entorno?! - Ele sorriu assentindo e me pegando pela mão.
Avistamos o lago, com um deck de madeira e um barco, onde estavam Kyraz e Yalin. Na medida que nos aproximamos, notei que ela estava em seu colo e eles estavam, literalmente atracados, se beijando intensamente.
D: Esses dois... - Ele riu alto e fez cócegas em mim, fazendo com que eu risse também, provavelmente para alertar o casal da nossa aproximação. Então, Yalin se jogou na água com Kyraz e ela gritou.
K: Yalin... - Falou brava. - Está muito gelada.
Y: Logo você acostuma. Vem aqui que eu te esquento.
D: Resolveram entrar de roupa e tudo? - Perguntou rindo.
K: Seu irmão pulou comigo na água, não tive opção... - Eu ria. - Só quero ver se Deniz fizer o mesmo. - Ele fingiu que iria me pegar.
Z: Não se atreva... - Gritei, em tom de aviso.
D: Eu tenho amor a vida. Sua amiga é muito brava... - Dei uns tapinhas em seu braço. - Curtam aí, eu vou mostrar o outro lado para Zeynep...

Nós saímos rindo dali...
Z: Eles parecem estarem se entendo bem. - Ele sorriu.
D: Eu estou muito feliz e torcendo por eles. - Respirou fundo. - Gosto de Kyraz e acho que ela pode curá-lo.
Z: Como assim?! - Indaguei.
D: Você sabe que ele também é arquiteto, não?! - Eu assenti. - Ele namorou com uma moça na faculdade, que o trocou por outro cara. Um professor bonitão, bem sucedido, famoso por sair com suas alunas... - Ele me contou toda a história de Yalin e eu fiquei abismada. Eu sabia quem era o tal professor.
Continuamos nossa caminhada, o lugar era muito bonito e tranquilo. Fomos margeando o lago, até chegarmos a uma clareira e eu me encostei numa árvore, para descansar um pouco na sombra. O dia estava quente e eu queria me refrescar.
D: Ficou cansada?
Z: Não muito, mas fiquei com calor. Está quente, você não acha?
D: Sim! - Ele se aproximou e eu tentei continuar o assunto.
Z: Muito lindo esse lugar... - Ele assentiu, me olhou sério e se aproximou me beijando, pressionando meu corpo contra a árvore. Eu podia sentir sentir sua ereção na minha barriga. Eu o abracei, deslizando minhas mãos por suas costas ele gemeu, beijando meu rosto, meu pescoço, ombros, enquanto acariciava as laterais do meu corpo.
Z: Deniz... - Chamei trazendo-o para a realidade.
D: Vamos voltar? Ou eu não respondo por mim! - Respondeu.

Nos recompomos e voltamos de mãos dadas para a sede, brincando pelo caminho, dando beijinhos...
Assim que chegamos, nos sentamos para almoçar, conversando e rindo muito. Estava tudo uma delícia.
Deitamos nas espreguiçadeiras, lado a lado, olhando um para o outro, sentindo o sol queimar a minha pele e a brisa leve. Eu me sentei um pouco impaciente e ele me olhou.
D: O que houve? Está muito quente? - Eu assenti. - Quer jogar vídeo game? - Olhei para o lado e Kyraz estava cochilando ao lado de Yalin.
Z: Vamos! - Ele me conduziu até o home teather.  Foi muito divertido, apesar de que brigamos mais do que jogamos. Na última partida, eu perdi e decidimos voltar para a piscina. No caminho ele me abraçou por trás e falou no meu ouvido.
D: Vai ficar de bico? - Eu não respondi. - Porque se for, vou ter de morder essa boquinha gostosa. - Ele me virou e mordeu meus lábios de leve e eu gemi. - Machucou? - Eu fiz que sim. - Então, vou dar beijinho para sarar. - Ele me beijou. - Melhorou marrentinha? - Eu fiz cara de brava e ele me fez cócegas.

Mergulhamos juntos na piscina, Kyraz e Deniz nos seguiram. Passamos um tempo brincando e conversando, mas o tempo fechou e a chuva veio muito forte. Nós entramos, tomamos banho e nos aprontamos, para retornar, assim que o temporal passasse. O que não aconteceu e tivemos de pernoitar lá.
Tomamos vinho, comemos uns queijos e frutas, conversamos um pouco, mas depois cada casal foi para um canto...

DENIZ
Devido ao temporal, tivemos de pernoitar lá e, após comermos algo e bebermos vinho, jogando conversa fora, Yalin se sentou com Kyraz junto a lareira e eu fui com Zeynep para a sala de TV, com a desculpa de jogar vídeo game.
Mas dessa vez, nós nem chegamos a jogar, pois assim que entramos, eu a abracei e a beijei. O beijo começou suave e foi se intensificando. Ela estava com um vestido leve, na altura do meio das coxas. Sentamos no sofá e continuamos nosso beijo, enquanto nos acariciávamos. Ela subiu as mãos pelos meus braços, passando pelo peito, cabelos e barba, quando eu a puxei para o meu colo, acariciando suas pernas, cintura, até chegar a base dos seios...
Z: Deniz... - Ela me repreendeu.
D: O que?! Não está gostando?! Hum?! - Falei cheirando os seus cabelos.
Z: E se eles entrarem aqui?! - Falou baixinho.
D: Eles estão ocupados... - Ficamos nesses carinhos, até decidirmos assistir um filme e ela acabou adormecendo nos meus braços.
Eu a levei para o meu quarto e dormimos abraçados.
Eu acordei no meio da noite e fiquei olhando para ela, acariciando seus cabelos e seu rosto. Eu nunca gostei de dormir agarrado, pois tenho calor e prefiro ficar a vontade, para me movimentar, mas adorei estar ali com ela.
Ela acordou e se assustou de estar na minha cama. A luz da lua iluminava o quarto, entrando pela janela, ela me olhou e eu sorri.
Z: Como eu vim parar aqui? - Falou fraquinho.
D: Eu te trouxe. - Ela suspirou. - Perdeu o sono? - Ela assentiu
Então, eu a apertei nos meus braços e fui distribuindo beijos pelo seu rosto, até alcançar sua boca. Ficamos nos acariciando, por cima da roupa, mas as coisas esquentaram... Os beijos ficaram mais longos e intensos, assim como as carícias.
Tudo estava sendo muito novo para mim, eu parecia mais sensível e necessitado de tê-la ao meu lado, sentir seu cheiro, seu gosto... Eu jamais pensei que um dia e em tão pouco tempo, pudesse precisar de alguém. Mas, eu podia afirmar, que precisava dela, mesmo com frio na barriga e sem saber onde isso iria me levar, eu não pensava em recuar, porque eu me sentia vivo, como nunca me senti antes.