ZEYNEP
A inauguração do nosso apartamento, aconteceu dois dias antes do casamento de Kyraz e Yalin, do qual eu e Deniz fomos padrinhos.
Nós conseguimos executar toda a reforma, sem que eles percebessem e, quando os convidamos para um programa a quatro, eles estranharam nossa insistência em ir buscá-los. Deniz foi até o apartamento deles, enquanto eu terminava de organizar as coisas do nosso jantar. Convidamos também meu irmão e Yildiz.
Eles ficaram pasmados, assim quer a porta abriu um andar abaixo do apartamento deles e se depararam com os resultados do nosso trabalho dos últimos meses.
Como os apartamentos são um por andar, nós incorporamos o hall à entrada, acessando o apartamento direto do elevador. Na verdade, a porta do elevador era a porta de entrada, apesar de ter uma porta pivotante escondendo a do elevador. No hall, fizemos um espaço, com um armário decorado com um vaso de flores frescas e uma poltrona, para que os convidados pudessem tirar os sapatos na entrada e substitui-los por chinelos. Tudo escolhido com muito cuidado e harmonizado ao espaço.
Z: Sejam bem vindos vizinhos! - Eu os recebi com um abraço.
Eles ficaram encantados, especialmente ao constatarem às diferenças, quando comparado ao apartamento deles. Eu e Deniz elogiamos o trabalho um do outro, felizes e satisfeitos com os resultados.
Coisa de apaixonados, que admiram o talento do parceiro.
Yildiz e Hakan chegaram a seguir e, logo nos conduzimos para a sala, onde serviríamos o jantar, que nós mesmos preparamos.
O clima estava bastante descontraído, mostramos o restante do apartamento e, nos sentamos mulheres para um lado e homens para o outro.
Notei que meu irmão não tirou os olhos de Yildiz, na maior parte do tempo. Ele me olhava às vezes e meneava a cabeça, como se quisesse me dizer algo, enquanto Yildiz o olhava disfarçadamente.
Deniz comentou depois, que eles ainda não se acertaram e que eke e Yalin conversaram bastante com ele, sobre isso. Assim como eu e Kyraz conversamos com Yildiz.
Segundo Hakan, ela perdeu a confiança nele e ele, teria de reconquista-la, mas não desistiria tão facilmente. Ele acha, que era o preço à pagar por demorar tanto para perceber, que ela era a mulher da vida dele!
Mas, a maior surpresa da noite, inclusive para mim, foi o pedido de casamento de Deniz.
Eu estava distraída, conversando com as meninas, sendo que eu e Kyraz, estávamos tentando convencer Yildiz a dar uma chance a Hakan, quando vi Deniz vindo dos quartos, com uma caixinha vermelha nas mãos.
Ele se dirigiu ao meu irmão explicando, que por hoje ele seria um representante dos nossos pais, mas que ele fazia questão de fazer o pedido para eles. Então ele pegou na minha mão, para que eu me levantasse, olhou nos meus olhos, abriu a caixinha e falou:
D: Zeynep, você aceita se casar comigo?! - Meus olhos ficaram marejados de tanta emoção. Eu assenti com a cabeça, porque mal conseguia falar e, só quando me acalmei, respondi.
Z: Evet! Você me surpreendeu amore. - Ele colocou o anel no meu dedo anular direito, beijou minha mão e me abraçou.
D: Este anel chama Dedicata a Venezia... Dizem que primeiro anel de noivado foi trocado em Veneza no início do século XVI, sendo uma romântica tradição italiana. Eu o comprei na Itália. Ele me entregou a caixinha e eu fiquei toda boba.D: Você me faz muito feliz! Ti amo. - Falou no meu ouvido, me deixando toda arrepiada.
Ele nos serviu champanhe e brindamos felizes!
Z: Agora só falta vocês... - Falei olhando para Yildiz e Hakan. Eles se olharam, parecendo mexidos com o clima.
O restante da noite transcorreu bem, conversamos bastante e eu trocava olhares intensos com Deniz.
Um pouco antes deles irem, meu irmão me abraçou forte.
H: Desejo muitas felicidades à vocês! Sua casa está linda e eu amo você! Estou com o coração quente de ver você tão feliz. - Eu acariciei o rosto dele.
Z: Muito obrigada! Espero que vocês se acertem logo e nos surpreendam. - Ele sorriu amargo e respirou fundo. - Não perca as esperanças, eu sinto que ela te ama muito. Sempre amou...
H: É difícil... Mas, estou esperançoso. Não desistirei tão facilmente, eu a amo. Talvez seja o preço, que eu terei de pagar, pela minha cegueira...
Z: Ela está magoada e se sentiu usada. Ela está com medo. - Ele assentiu.
H: Temos conversado muito...Depois que todos se foram, eu olhei para Deniz, ele suspirou e me abraçou.
Z: Eu não esperava... Você me surpreendeu! - Falei sinceramente.
D: Você gostou?! - Indagou.
Z: Muito! Eu amo você! Muito...
Ele se aproximou e me beijou intensamente. Quando separamos nossos lábios, ele me encarou e disse:
D: Eu quero tudo com você!
Z: Eu também! - Acariciando seu rosto.Recolhemos todas as coisas e levamos para a cozinha, colocamos na lava louças e guardamos os perecíveis. Eu estava terminando de embalar, alguns alimentos, quando ele me abraçou por trás, afastou meu cabelo e beijou meu pescoço. Eu encostei nele, com a cabeça em seu ombro, dando livre acesso para ele, que não se fez de rogado, acariciando meu corpo. Suas mãos percorreram sensualmente minha barriga e meus seios, até ele me virar de frente para ele e tomar a minha boca. Eu coloquei os meus braços em volta de seu pescoço, com as mãos acariciando sua nuca e seus cabelos. Ele desceu as mãos para as minhas coxas, me suspendendo e virando, até me colocar sentada na bancada e tirar meu vestido habilmente e beijar o meu corpo com paixão, me deitando na bancada, permanecendo entre minhas pernas.
Z: Hummm... - Gemi. - Deniz...
D: Eu quero marcar todos os lugares dessa casa, fazendo amor com você... - Sussurrou perdido no próprio desejo.
Eu levantei e arranquei a camiseta dele... Fizemos amor, cheios de paixão e cumplicidade.
D: Nunca será o suficiente. Se eu pudesse, viveria dentro de você... - Ele me pegou com as pernas enlaçadas em sua cintura e me levou para o quarto. - Vamos para o quarto, porque está muito frio aqui. Olha como você está toda arrepiada... - Apontou para a minha pele.
Z: E você acha que é frio? Hum?! - Sussurrei em seu ouvido.
D: O que é então? Hum? - Falou no meu ouvido.
Chegando no quarto, ele me colocou no chão e eu o empurrei para a cama, me ajoelhando e pairando sobre ele como uma felina. Comecei beijando sua boca, pescoço, peito, barriga...
D: Zeyno... Ahhh... - Gemeu.
Quando terminei, deitei ao seu lado e ele virou para mim.
D: O que eu fiz com você? Hum? - Eu sorri de um jeito safado.
Z: Você me fez sua e eu fiquei muito feliz! - Nós nos abraçamos e ficamos coladinhos.
D: Amo seu jeito gata manhosa de fazer amor, deslizando na minha pele, me enlouquecendo só com o olhar... Eu lembro de você durante o dia e minha concentração vai para o ralo... O que você fez comigo?
Z: O mesmo que você me fez! Ou você acha, que eu não lembro de você durante o dia? Ou, que quando eu entro no seu escritório e vejo você, todo compenetrado e lindo, não imagino eu agarrando você naquela cadeira... - Ele arregalou os olhos. - o que? Nunca pensou nisso? - Ele sorriu de lado de um jeito sacana.
D: Se eu não imaginei? Eu imagino todas as coisas caindo da minha mesa, enquanto eu deito você nela e... - Eu arregalei os olhos. - Já imaginei a gente na construtora, no escritório da nossa empresa, no atelier, no showroom... - Foi a deixa para começarmos tudo de novo...Desde que eu voltei da Itália, temos vivido vários momentos intensos e cheios de paixão, mas agora parece que estamos gostando do perigo.
Z: Nós andamos "sedentos" ultimamente, não?! -Falei fazendo sinal de aspas e ele riu.
D: Muito tempo distantes um do outro, vivendo uma situação indefinida, muito tesão e energia acumulados... Eu não conseguia entender o que você queria, se você me queria... - Falou escolhendo as palavras.
Z: Eu te queria... muito! Mas, eu tinha uma insegurança, que me fazia querer a distância, para me proteger. Sabe quando parece bom demais, para ser verdade?! - Suspirei. - Eu olho em volta, para esse anel, para você... e me pergunto se estou sonhando. - Ele levantou meu queixo, para que eu o encarasse.
D: É tudo verdade! Especialmente, o meu amor por você. Nunca duvide disso. - Falou firme.PAIXÃO
(Kleiton e Kledir)Amo tua voz e tua cor
E teu jeito de fazer amor
Revirando os olhos e o tapete
Suspirando em falsete
Coisas que eu nem sei contarSer feliz é tudo que se quer!
Ah! Esse maldito fecho eclair
De repente, a gente rasga a roupa
E uma febre muito louca
Faz o corpo arrepiarDepois do terceiro ou quarto copo
Tudo que vier eu topo
Tudo que vier, vem bem
Quando bebo perco o juízo
Não me responsabilizo
Nem por mim, nem por ninguémNão quero ficar na tua vida
Como uma paixão mal resolvida
Dessas que a gente tem ciúmes
E se encharca de perfume
Faz que tenta se matarVou ficar até o fim do dia
Decorando tua geografia
E essa aventura
Em carne e osso
Deixa marcas no pescoço
Faz a gente levitarTens um não sei quê de paraíso
E o corpo mais preciso
Que o mais lindo dos mortais
Tens uma beleza infinita
E a boca mais bonita
Que a minha já tocou#####################
NOTA DA AUTORA:
*evet - sim em turco.
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Quando o amor acontece - a história de Deniz & Zeynep - Caminhos Cruzados
RomansaEssa é uma história adjacente ao livro Caminhos Cruzados. Deniz é o filho caçula de uma família abastada, proprietários de uma das maiores construtoras da Turquia. Ele é arquiteto e designer, trabalha na empresa com os pais e tem sua própria empresa...