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Como eles terminaram na piscina aquecida às dez horas da noite foi um desses pequenos mistérios da vida. No entanto, ali estavam, completamente nus, aos beijos sob o céu estrelado e o luar. Mia sentiu-se embriagar a cada toque dos dedos dele sob sua pele, as mãos grandes e fortes dele submersas, a apalpando e apertando embaixo da água morna. A leveza advinda do amor redescoberto e o desejo incontrolável que um sentia pelo outro criaram um louco frenesi.

Mia precisava dele agora, dentro dela. Ela precisava sentir o pulsar do membro dele, ouvir os gemidos roucos que escapuliam dos lábios dele e faziam cócegas no pé de seu ouvido. Miguel a imprensou contra a parede de ladrilhos da piscina, seu corpo chocando com força contra o dela—água espirrando violentamente em volta. Em um movimento rápido, quase alucinante, os braços dele agarraram suas coxas, prendendo as pernas dela em torno dele, cravando os dedos em sua carne.

Mesmo sob a água ela o sentia duro, pronto para invadi-la com a força que ela tanto necessitava. Ele se imprensou contra ela outra vez, roçando-se contra ela gostosamente, a provocando com o pau dele, se deslizando para cima e para baixo, próximo à sua entrada. Mia arqueou as costas, o enfrentando com o corpo, aumentando aquela fricção, louca para mostrar que estava pronta.

"Quer, princesa?" Ele a provocou com um sorriso safado no canto da boca. Ele mordeu o queixo dela e depois beijou aquela boca com sabor de vinho.

"Você quer?" Ela provocou, rebolando contra o pau dele, seus olhos o encarando com tanto tesão que quase não se via azul mais ali. As mãos dele a apertaram pelos quadris e ele a penetrou de uma vez, com força. Mia quase se desmontou em seus braços. O som que saiu da boca dela foi algo misto de surpresa e gemido e com toda a certeza ecoou pela noite escura e pelas serras que os cercavam. Miguel se retirou devagar e penetrou de novo, do mesmo modo, provocando mais um gemido. Os braços dela se enrolaram em torno do pescoço dele, suas unhas afundando em suas costas, quase tirando sangue.

"É assim que você gosta, princesa?" Ele falou no ouvido dela, que apenas assentiu, ofegante e quase sem forças nas pernas. Outra estocada. "Com força, bem lá no fundo... Você é minha mulher, ouviu bem? Apenas minha. Só eu posso te comer assim do jeitinho que você gosta..." Outra estocada.

Mia sorriu, jogando a cabeça para trás em êxtase, os seios alvos, redondos e firmes balançando a cada movimento dele, o enlouquecendo.

"Você não se aguenta de ciúmes, né, Miguel?"

Miguel riu ironicamente, um brilho irresistível no olhar. "Eu fui o seu primeiro, Princesa, e pode ter certeza que serei o último."

"Ainda bem que não fode mal, então." Ela falou, soltando uma risada leve, rouca, sentindo os lábios dele trilharem um caminho molhado até o vale dos seios dela. "Eu sou sua e você é só meu, Caipira. Tá proibido de olhar pra outros rabos de saia, de bancar o imbecil de novo... De comer donas de vinhedo chilenas... A única dona de qualquer coisa que você vai comer sou eu." Ela o fitou muito séria, os olhos quase soltando faíscas.

"Eu sei, eu sei—a dona do meu coração." Ele disse, metendo nela de novo antes que a risada irônica que ele sabia que ela daria pudesse escapar. A risada virou grito e Mia deslizou pelos ladrilhos da piscina, quase afundando. Miguel a segurou com seus braços fortes e a imprensou outra vez contra a parede da piscina, atacando seu pescoço molhado com beijos e chupadas. Mia se arrepiou de frio e prazer, sentindo o coração batendo com força no peito e o sangue correr veloz em suas veias. Ela queria Miguel mais que tudo e queria agora.

Ela o puxou para mais um beijo quente, as mãos raspando contra a barba dele, como ela adorava fazer, enquanto ele a penetrava cada vez mais rápido. Ele a sentiu contrair-se em volta dele, as paredes quentes o apertando com toda força. Miguel sabia que aquilo era artimanha dela. Ele continuou com seus movimentos rápidos, fortes, os dedos deslizando para o clitóris dela, onde começou a massagear e fazer pressão. Mia soltava gemidos entre os beijos, os dois já sem fôlego, a água se movia violentamente em torno deles. "Goza pra mim, goza pro seu homem." Aquelas palavras no ouvido dela, com aquela voz grave, rouca de tesão—aquelas palavras possessivas eram tudo o que ela precisava ouvir. Dela. Miguel Arango era o homem dela. Mia se desfez num orgasmo intenso e rápido, respirando ofegante, enquanto agarrava-se à ele com toda a força para tentar controlar os espasmos intensos.

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