Me espreguiço quando percebo o tanto que dormi. As cortinas bege refletiam a luz do sol, e o carpete marrom era iluminado pelo mesmo.
Olhei do meu lado e não vi ninguém.
Sentei na cama e passo os dedos entre meus cabelos, logo coçando meus olhos para acordar.
Vesti meu raider e dei passos lentos até a porta, e sai.
- Bom dia - Ainda com a voz rouca pelo sono, eu falei para a menina que lavava a louça.
- Bom dia, flor do dia - Respondeu ela, de costas para mim.
Peguei uma xícara de café e fui até a garrafa. Apertei e deixei cair.
Encostei no balcão e comecei a esfriar o café.
- Dormiu bem?
- Sim - Respondo.
Ela me olha e dá um breve sorriso.
Percebi que na mesa tinha algumas garrafas de bebidas, assim como no chão da sala.
- Lembra de nada? - Guardando um prato no armário, ela me questionou.
Olhei de novo para as garrafas e peguei a de vodka na mão.
- Lembro de nada, nega.
- É Xamã, você não muda - Voltou para a pia e deu risada.
- Eu bebi e falei merda? - Deixo de novo a garrafa no lugar, e com receio, perguntei.
- Falou.
Respirei fundo e passei a mão no rosto.
- Eu gosto de você, mas agindo assim cê não me ajuda - Secou as mãos com o pano de prato que estava pendurado na alça do fogão.
- Eu só lembro de gente transando - Tentando lembrar do que eu fiz ou falei, disse para a garota.
- Disso eu sei, e muito bem. Minha sorte não de não terem inventado dois Xamãs.
Ri.
- Quer comer? - Indaga ela, quando pega a sanduicheira.
- Papo, tô com fome.
- Pega a manteiga, presunto e mussarela na geladeira. E pega o pão também.
Fui até a geladeira e peguei as coisas que ela pediu. Coloquei na mesa e fui pegar o pão.
- Só tem esse - Mostrei para ela o pão da sacola.
- Sim, esse pão de leite mesmo - Responde, enquanto estende a mesa para comermos.
Deixei a sacola na mesa.
- Tá esperando eu fazer seu pão? - Me olhando com a sobrancelha levantada.
- Faz esse favor pro seu Xamãzinho.
- Não sou otária - Me empurrou de leve e abriu o pão com a faca.
Olhei para ela.
- Nem adianta me olhar assim, eu não vou fazer algo simples pra você, amorzinho. Você deve tá me confundindo com essas vacas que você anda.
- Chata pra caralho - Peguei a faca que ela terminou de usar e também abri meu pão. Passei manteiga e coloquei o presunto e a mussarela.
Ela pegou os dois pães e colocou na sanduicheira que estava no balcão, perto do microondas.
- Bom saber mesmo que tu não gosta de mim - Disse, só para deixar ela p comigo.
- Melhor é que você sabe que eu não gosto de você - Cruzou os braços e passou a me olhar.
- Eu também não gosto de você, gatinha.
- Ótimo - Virou-se de costas para olhar a sanduicheira.
- Não é só porque eu venho na sua casa, durmo aqui, te dou amor e carinho, presente, que eu gosto de você. Se liga - Brinco.
- Triste então. Eu gosto de tu pra caralho.
Nos sentamos na mesa para comer.
- Por que você não apareceu ontem? - Enquanto se servia de café e me olhava, perguntou.
- Tive que resolver umas paradas.
- Hummm - Resmungou. - Te esperei ontem.
- Desculpa - Falo.
- Por que que você some?
- Minha vida é uma correria. Cê sabe disso, princesa.
- Avisa quando for aparecer.
Ficou um silêncio entre nós.
- Cê sabe que eu largaria a porra todo por você, né?
- Eu sei - Afirmo, e bebo um pouco do café.
- Mas você some. Ontem você chegou com a camisa cinza, e tinha uma marca de batom vermelho nela. Assim cê não me valoriza, Xamã.
- Passei na minha mãe antes de vim.
Me olhava enquanto tomava café.
- Eu nem espero nada sério de você, nós só ficamos por ficar - Passava o dedo indicador nas linhas da toalha.
- Você fala de mim, mas é mais malandra que eu.
Riu, e passou a mão no rosto, seguido de um bocejo lento.
- Desde que nós começamos a ficar, eu tô ligado que você era bem conhecida na área aí - Disse.
- Quer conhecer alguém? Então lhe dê poder - Levantou e deixou a xícara na pia.
- Você é uma safada - Sigo ela com meus olhos.
- E você nem gosta, né?
- Gata, você é o crime - Aproveitei a deixa, e também deixei minha xícara na pia.
- De todas que você já teve, eu sou a mais tranquila.
- Uhum... - Chego perto dela, e deposito alguns selinhos na mesma.
Ela se virou para mim, e envolveu seus braços no meu pescoço, puxando um beijo.
- Eu sou o crime em pessoa, Xamãzinho...
-----🤍----- Olha quem voltou, caraio KKKKKKKKKK, atrasando até o horário da fic. Eu sendo eu.
Amigs, eu vou pagar vcs pra me ajudar com as provas e trabalhos da facul. Não tô dando conta de fazer sozinha.
Eu ia falar com vocês sobre uma parada, então chega aí e pega uma cadeira.
Eu bom no imagine do Tuê, Conexões de Máfia. Então eu tô pensando em fazer uma parte dois. Que cês acha?
Enfim, nós nos vemos mais. E quem antes tinha me mandado mensagem pedindo pedidos, manda mensagem de novo pra eu lembrar.... A tia aqui é foda de memória.
