Mais uma batalha hoje, e eu tô só assistindo agora. Já batalhei os três rounds passados e ganhei. Falta uma rapaziada pra batalhar ainda, e eu quero ver até o final.
Tá eu e meus manos acompanhando as rimas.
Segurava na mão e dava um gole na garrafa de água que peguei agorinha. A plateia tá em peso aqui, e tô felizão por isso.
Meus olhos olhavam todos os rosto que estavam ali, e um deles me chamou atenção. Era uma menina, e ela me olhava com um sorriso.
- Ixi, que doida - Olho de relance pra ela e bebo minha água.
A mesma parou de sorrir quando não dei moral.
Só que aquilo tava me incomodando. Eu sentia ela me olhando, e já tava chatão.
Fechei a cara e encarei ela.
- Qual foi? - Mesmo de longe, eu perguntei.
Sem entender, ela sai do meio do povo, e quem fica sem saber o que tava rolando era eu.
Passou uns minutos e eu tinha esquecido disso, até que eu escuto meu nome.
Me viro de costas e olho pra geral atrás de mim. Não prestei atenção da onde tinha vindo a voz.
- Oii, Brennuz! - Saiu do meio da plateia a menina de antes.
- O que que tu quer? - Um pouco estressado, eu pergunto.
- Nossa, calma... - Ela para antes de chegar ate mim, e recua um pouco.
- Pô, tu tá me encarando e rindo. Tô cagado, moça? - Pergunto.
Deu pra ver que ela ficou sem graça com o que eu falei.
- Foi mal - Falo e fecho a tampa da garrafa. - Eu não sei quem é você, por isso que fiquei meio incomodado contigo me olhando.
- Ah, tudo bem. Eu não devia ter ficado te olhando daquele jeito. Enfim, desculpa ter roubado seu tempo.
Não tive nem chance de falar mais nada. A menina saiu e eu perdi ela na multidão.
🕒 19:50 𝒅𝒂 𝒏𝒐𝒊𝒕𝒆,
Eu dei uma saída pra comprar um dogão, e meus amigos ficaram lá, e eu vim sozinho. Cheguei na barraca e eu esperava ser atendido.
Na mesa da na minha frente, eu reconheci a garota de antes. Ela tava sozinha, e parecia que já tinha folheado o cardápio várias vezes.
Decidi ir até ela e me desculpar.
- Ou, desculpa ter sido chato contigo.
Ela levanta a cabeça e me olha.
- Não tem problema não - Deu um sorriso meia boca.
Ficou um silêncio entre nós por alguns segundos.
- Tu me conhece? - Meio sem jeito, pergunto.
- Conheço - Balançou a cabeça.
- Por causa das batalhas?
- Também - Respondeu. - Mas eu te conheço desde muito tempo.
- Só que eu não conheço você não - Falo.
- É, eu imaginei mesmo. Fiquei surpresa, mas esperava.
- A gente já estudou juntos? - Eu olhava ela, e esperava sua resposta.
- Estudamos juntos até o 1° ano do ensino médio. Morávamos na mesma rua, crescemos brincando todos os dias na frente da casa da sua vó.
Eu tentava me lembrar.
- Quando a gente tinha 8 anos, você disse que eu era sua melhor amiga, e até o dia que eu me mudei aqui, você disse que eu ainda era.
- Eu não lembro de você, desculpa mesmo. Qual que é seu nome?
- Meu nome é S/n.
Veio mil memórias na minha cabeça com esse nome. Eu recordei dessa mina, e eu lembrei de tudo o que ela falou.
Tô me sentindo um otário.
- Mermão, não é possível! - Dizia. - Como você mudou, cara.
Ela riu, e parecia aliviada por eu ter reconhecido ela.
- Achei que você não fosse lembrar de mim!
- Você tá muito gata, parça - Puxei a cadeira e me sentei na sua frente.
- Você também tá muito lindo, mas eu ia te reconhecer sempre.
Minha melhor amiga tá de volta depois de tanto tempo? Que parada foda.
- Quer comer alguma coisa? Eu pago - Falei.
- A gente racha no valor então.
- Não, pô - Pego o cardápio. - Preciso me redimir com você.
- Confesso que eu fiquei muito triste quando fui falar com você.
Eu olhava o cardápio, mas parei para ouvir a mesma.
- Me perdoa mesmo... - Abaixei a cabeça e arrumava faixa preta da Nike na testa. - Eu fiquei puto contigo me olhando.
- E eu ainda sorri pra você - Deu uma risada e puxou o cardápio de mim. - Eu sabia que eu ia te encontrar em alguma batalha, e eu te achei.
- Tô muito feliz por ver você depois desses anos aí - Bato a ponta dos dedos na mesa, e apoio meu queixo na minha mão. - Você veio pra ficar?
- Vim. Eu voltei pra ficar agora.
- No mesmo bairro? - Pergunto.
- No mesmo bairro, na mesma rua, na mesma casa... - Abaixou o cardápio e me olhou. - Você tá morando lá ainda?
- Tô sim - Brinco com o porta papel. - Mudo nunca.
- Vai me aguentar todos os dias agora lá.
- Claro que vou. Você ter voltado fez minha noite ficar melhor do que já tava.
- Que bom, Brennuz... - Deixou o cardápio na mesa e empurrou de novo para mim.
- Valeu - Pego e começo a olhar de novo.
- Vê se não me esqueça agora - Fala. - Vou ficar na sua vida até quando eu puder.
Eu a olho.
- Pra sempre, minha gostosa.
-----🤍----- Primeiro imagine do Brennuz, que felicidade.
Ali tá marcando 19:50, mas o wattpad não horrível e tô com medo de não conseguir postar, então relevem e vamos imaginar que tá certo.
Jaya_Brennuz, desculpa pela demora, linda. Eu te mandei mensagem no pv, mas acho que não viu, então eu fiz Brennuz, já que não tinha nenhum dele ainda. Aproveita.
