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Eu sou voluntária na ONG que abriga crianças necessitadas daqui da comunidade que eu morava, hoje não moro mais, porém continuo ajudando.
Nós vamos fazer uma festinha para as crianças hoje, e eu decidi chamar meu namorado para ajudar também, ele anda estranho e sem muito ânimo, acho que ele está com algum problema e não quer me dizer.
Isso me deixa chateada, tenho medo dele voltar para a fase depressiva que ele teve há alguns anos atrás, então acho que se ele ir, pode ser bom pra ele, aquelas crianças são uns anjinhos.
- Tá na hora. - Falo da porta do quarto.
Ele estava deitado na cama olhando pela janela que dava de vista para o mar.
- Tenho que ir mesmo? - Pergunta enquanto dá uma tragada no beck.
- Sim, Matheus... - Caminho e me sento ao seu lado. - Nós combinamos que você iria.
- Por que você tem que decidir essas coisas por mim? Eu te disse que não queria mas você deu meu nome naquela porra.
Olhei cabisbaixa, com esse mal humor ele acaba descontando em mim.
- Por favor, vamos... - Levanto e observo ele suspirar.
Ele se levantou e passou trombando em mim.
Suspirei mas não ia levar pro coração, é pior discutir quando ele tá assim.
Entramos no carro em silêncio, o caminho todo foi assim, ele sem dizer nada.
Chegamos enfrente a ONG e ele estacionou o carro.
- Não fica com essa cara fechada, tá? Algumas crianças precisam de sorrisos... - Falo calmamente e abro a porta saíndo.
Entrei pelo portão e ele veio logo em seguida.
De longe eu vi as crianças, algumas professoras e caminhei até elas.
- Meu Deus! Esse é seu namorado? - Pergunta uma senhora que era professora e muito minha amiga.
- É sim! - Respondo sorrindo.
- Muito obrigada por ter vindo, é um prazer te receber aqui! - Ela da um abraço nele.
- Prazer é meu. - Responde.
- Fique a vontade para conhecer as crianças, tem bastante coisa pra comer e interagir.
