Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.
𝐓𝐞𝐫𝐦𝐢𝐧𝐨
•
𝐒/𝐧 𝐧𝐚𝐫𝐫𝐚𝐧𝐝𝐨 💭
Nosso relacionamento não estava dos melhores, já que por esses dias acontecia muitas brigas e isso começou a afetar ambos.
Porém, "seguramos a barra" por causa do nosso filho, eu achei que com ele isso iria mudar, mas só ficou mais cansativo.
Meu filho brincava no chão do quarto com alguns brinquedos, mal sabia segurar e ainda queria por na boca.
- Não pode por na boca esse, filho. Tem que brincar direitinho. - Falo tirando da boca dele.
Me levantei e encostei no berço vendo ele brincar da maneira certa. Fiquei olhando até ver Daniel na porta, ele me olhou e logo saiu. Decidi ir atrás.
- Desde quando você tá aqui em casa? Achei que tivesse saído?
- Sempre estive aqui. - Ele responde de uma maneira seca.
Suspirei já imaginando outra briga.
- Daniel, eu só perguntei porque eu achei que você tivesse saído. - Falo.
Ele se vira me olhando sério.
- Se eu tivesse saído eu teria te avisado, não acha?
Concordo sem falar nada, apenas abaixando a cabeça.
Ele se sentou no sofá e eu me sentei ao seu lado.
- Por que estamos brigando tanto? - Pergunto.
Ele permaneceu em quieto e deu os ombros.
- A gente pode conversar como gente adulta e não como criança?
- É impossível ter uma conversa desse tipo com você. - Ele responde enquanto me olha.
- Eu não entendo o motivo de você sempre me colocar como errada...E- eu também me sinto triste com isso tudo.
- E eu, S/n? Olha pro nosso filho, ele é pequeno ainda, mas vai crescer. E aí, vai querer que nosso filho cresça num ambiente cheio de brigas?
Congelei quando ele disse isso, sabia que um possível fim do nosso relacionamento poderia acontecer, mas não assim.
- Sério S/n, olha pra nós...Como a gente chegou a esse ponto de brigar por nada? Nem sabemos o motivo das brigas.
Me segurei para não chorar, mas era quase impossível.
- Você acha melhor que nós devemos dar um tempo ou... Terminar logo? - Pergunto com medo da resposta.
Ele respirou fundo.
- Não da pra forçar mais.
Olhei para ele com os olhos já caindo lágrimas.
- E nosso filho? - Pergunto com nó na garganta.
Por um minuto ele ficou sem resposta, mas logo começou a falar.
- Ele é pequeno, acho que na cabecinha dele está tudo bem... Vou passar mais tempo com ele, não vai mudar nossa relação de pai e filho.
- Eu não queria isso... - Coloco a mão no rosto e começou a chorar.
- Você acha que eu queria? - Ele fala com sua voz trêmula. - S/n, eu te amo tanto que chega doer, eu queria passar o resto da minha vida com você e com nosso filho, mas eu não quero fazer vocês passarem por mais traumas.
Quanto mais ele falava, mais vontade de chorar eu tinha.
- Quero que saiba que esse tempo todo com você foi a melhor coisa que já aconteceu... - Levanto a cabeça olhando para ele.
Senti que ele segurou o choro também enquanto me puxou para um abraço.
- Promete que não vai desistir de você, nem do nosso filho?
- Prometo... - Respondi soluçando por conta do choro.
Ele ficou acariciando meus cabelos mas logo se levantou indo pro quarto do nosso filho.
Fiquei sentada no sofá e ele voltou com o neném no colo.
- Papai te ama, filhão... - Ele diz arrumando os cabelos do garotinho.
Me levantei e fiz carinho nele também, precisava desse último momento.
Nos olhamos e ele entregou nosso filho que segurava um mordedor. Ele foi para o quarto e senti as lágrimas caírem de novo vendo ele dar as costas segurado uma bolsa.
Ele saiu sem olhar para trás, meu coração se partiu vendo que só restou eu e meu filho ali que sorriu para mim.
Ele não entendia um terço do que estava acontecendo, mas mesmo assim ficou sorrindo.
O que eu espero é que o pai dele não se esqueça dele também assim como se esqueceu de nós.
