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𝐒/𝐧 𝐧𝐚𝐫𝐫𝐚𝐧𝐝𝐨 💭
Já passava das 23:40 da noite e eu estava saindo da faculdade, faltava bastante pra mim chegar em casa, mas eu sou acostumada a andar sozinha de noite, já que eu faço sempre o mesmo caminho.
Meu celular tinha acabado a bateria, não tinha como ligar pro Filipe vim me buscar, mas mesmo assim segui pelas ruas sem muita iluminação.
Dobrei algumas esquinas e cheguei a uma grande escadaria, alguns postes de luz estavam apagados, então não tinha uma visão muito boa do que vinha pela frente.
Comecei a subir os largos degraus, de um lado era a rua, do outro tinha um parque, não havia sinal de ninguém por alí.
Notei que um carro com farol baixo encostou da meio fio, fingi que não tinha visto para ver se quem estava dentro tinha apenas parado pra procurar alguma coisa ou algo do tipo.
- Ei.
Escutei uma voz que vinha do carro, seguido de duas batidas na porta. Desceu dois caras altos, nunca tinha visto eles por essas bandas.
Acelerei meus passos e eles começaram a fazer a mesma coisa. Corri e eles me alcançaram.
- Quem são vocês? - Pergunto um pouco assustada com um dos braços sendo segurado.
- O que uma moça tão linda e indefesa faz aqui uma hora dessas? - Um deles pergunta sorrindo passando a mão entre meus cabelos.
Na hora eu percebi que estava em perigo, eles eram mais fortes que eu, não conseguia correr.
Numa fração de segundos sinto um arrepio na minha nuca, meu corpo começou a ficar pesado, e da minha boca começou a escorrer um líquido escuro.
Senti pingar esse mesmo líquido em uma das minhas mãos, com a visão turva olhei para baixo e percebi que era sangue escorrendo da minha boca e uma mancha grande na minha barriga feita por uma lâmina ainda sendo segurada por um desses homens.
Caí para trás e não conseguia ver mais nada, apenas a escuridão dos meus olhos fechados. Meus pensamentos acelerados tomaram conta de mim com o medo e desespero, só consiga pensar no meu namorado.
Não tinha forças pra me levantar e buscar ajuda, senti as lágrimas escorrendo e uma vontade de gritar, coloquei uma das mãos na barriga sentindo aonde estava doendo.
Os homens tinham saído e só sobrou eu ali, sozinha. A falta de ar tomava conta de mim, senti minha garganta se fechando e lutava pra conseguir respirar o único ar que ainda tinha nos meus pulmões...
