- Nossa, que chuva horrível. - Theo observou a janela, arrumando as coisas para irem embora da faculdade.
Ângelo estava de saco cheio, era sábado, meio-dia, estava chovendo feio e Theo estava com um humor péssimo. Queria sua casa, ver um filme na televisão. Pânico 3 tinha lançado recentemente em DVDs e claro, ele correu para comprar.
- Eu estou com fome. - Reclamou, falando mais consigo do que com o outro.
- Eu também. - Começaram a andar pelos corredores, sem pensar muito. A vontade que Ângelo estava de ir para casa diminuiu quando pensou em uma ideia melhor, levar Theo até um restaurante para almoçarem juntos.
- Que tal a gente ir almoçar? - Sugeriu, olhando para o rosto do garoto.
- Eu não tenho dinheiro aqui, mas fica para uma próxima. - Seu rosto murchou, mas Ângelo parecia confuso.
- Como assim? Para que você precisa de dinheiro? - Perguntou casualmente, Theo deu um sorrisinho indignado e só então se lembrou a discrepância na criação e condição entre os dois.
- Como você quer que eu pague sem dinheiro? - Ironizou, por mais que desejasse muito aceitar.
- Você é meu convidado, o mínimo que eu devo fazer é te pagar um almoço. - Trocaram sorrisos – Para de drama, Theo. - Pediu, passando um dos braços pelos ombros do amigo.
Era a primeira vez que se tocavam afetuosamente. Ângelo tinha braços fortes que pesavam nos ombros um pouco estreitos de Theo, era exatamente o tipo de homem que o ruivo gostava. Maluco, rico, confuso e gostoso.
Theodoro não era um anjo, era um pequeno demônio, na verdade. Gostava de caras como Ângelo porque conseguiria o que quer e ainda o deixaria mais quebrado do que quando o encontrou.
- Bem, se é assim, eu aceito. - Não precisou de rodeios, para que negar, afinal? - Aonde vamos?
Caminharam até o carro, estacionado na primeira vaga do estacionamento.
- É uma surpresa. - Theo arqueou as duas sobrancelhas, entrando na Maserati, seguido de Ângelo.
- Adoro surpresas. - Por algum motivo, o moreno guardou isso na cabeça. Inconscientemente, queria surpreendê-lo muitas vezes para o agradar sempre.
Theo sabia muito melhor o que estava correndo dentro de Ângelo do que o próprio, que não fazia ideia no buraco que estava se metendo, e talvez fosse melhor não saber.
Um lapso de desejo passava por todo o corpo de Ângelo todas as vezes que olhava para o amigo, mas a ficha ainda não tinha caído, as peças ainda estavam longe de se encaixar. Albuquerque pode ser um homem muito inteligente, mas para o amor era um recém-nascido.
E bem, ele teve o azar de sua confusão ser um ruivo que só quer se divertir.
Após tirar o carro da vaga, passou a dirigir tranquilamente. Deixaram a música do rádio tocar hoje.
- Ângelo. - Chamou a atenção do colega, o tirando de seus devaneios.
- Ahm?
- Por que você mora com sua tia? - Foi direto, o olhando. Queria o aproximar de si, porém não fazia a mínima ideia de amolecer um pouco mais sua barreira.
- Ah, nada demais. - Deu de ombros – Minha mãe faliu meu pai depois de se divorciarem e sumiu com todo o dinheiro. - O ruivo arregalou os olhos, pela história e pela naturalidade que era contada – E aí minha tia falou para sairmos de Blumenau e virmos morar com ela por um tempo.
- Entendi... - Ainda estava um pouco chocado, mas ficou feliz de Ângelo não ter entrado na defensiva pela primeira vez na vida - Então seu pai mora com você?
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COSMOS E CHAOS - Uma história sobre amor.
Teen Fiction!EM HIATO! +16 Cosmos, definição grega de perfeição, de que tudo está onde deveria estar, funcionando em seus eixos. Você nasce com um propósito, só então encontra seu lugar no Cosmos. Lilian, uma modelo teen na virada do milênio, achou seu lugar no...