COSMOS E CHAOS - Uma história sobre amor.

CAPÍTULO XXI - SWEET 16

- Parabéns para você, nessa data querida! - Pri entrou no quarto de Lilian com um isqueiro aceso em mãos - Muitas felicidades, muitos anos de vida.

- Obrigada, Pri. - Agradeceu, coçando os olhos enquanto a luminosidade atingia o quarto pela primeira vez no dia - Meu isqueiro, meu Deus.

- Apaga a velinha, Lili. - Estendeu o isqueiro próximo dos lábios da amiga, que o assoprou - Uhu! Dezesseis anos, tá idosa.

- Devo estar, minhas costas estão doendo. - Reclamou, se esticando toda em seguida - Mas hoje é a nossa estréia!

- Você experimentou o vestido? - O vestido em questão era um modelo que Priscila fez, completamente vermelho, basicamente gritava pelo nome de Lilian.

- Sim, muitas vezes. - Sorriu, se levantou da cama e começou a fazer a rotina da manhã. Pri saiu dali, foi se preparar para o longo dia que estava por vir.

Naquela noite, a maior festa do ano ia acontecer, o aniversário de Lilian Duarte. Até os paparazzi estavam ansiosos para esse evento!

Primeiro, iriam no salão para um dia de beleza completo, depois Pri tentaria ficar bem com maquiagem vermelha, depois se separariam porque Lilian precisava de sua entrada triunfal. Já sabia como era o vestido e a maquiagem, não entendeu o suspense da amiga.

Foram para o salão, um espaço gigantesco que se intitula um estúdio de beleza. Katia, pela primeira vez, estava as acompanhando em algo.

Não que faça muita diferença, de qualquer maneira, ela ficou lendo revistas o tempo todo.

- Então, eu quero que vocês enrolem meu cabelo, mas não muito. - Lilian explicava passo a passo do que queria, enquanto a profissional que ficou responsável por Pri sequer sabia por onde começar.

- Então Priscila, o que você gosta no seu cabelo? - Perguntou, mexendo nos fios.

- Eu não sei. - Admitiu, confusa com a imagem que via no espelho.

- E se nós definíssemos o seu cabelo e repicássemos a franja? Acho que ia ficar bom. - Pri concordou, colocando seu cabelo nas mãos daquela mulher.

E então, ela fez as unhas das mãos e pés, as sobrancelhas, massagem facial e todos os tipos de reparação de fios possíveis. Quando se viu no espelho, simplesmente não se reconheceu.

- Meu cabelo é assim? - Perguntou, vendo os cabelos enrolados e volumosos, coisa que nunca aconteceu. A franja agora era, de fato, uma franja de verdade, além de ter diminuído um dedo do comprimento.

- É, sim. - A cabeleireira riu - Você gostou?

- Eu amei. - Analisou a própria mão, com as unhas pintadas, passar por seu cabelo, que nem parecia dela - Tem como fazer isso em casa?

- Tem sim, eu posso te passar a lista de alguns produtos e passo a passo, você quer? - Assentiu, então a mulher se retirou para escrever num papel.

- PUTA QUE PARIU. - Lilian, que estava em outra área do salão, gritou quando viu Pri. Seu coração saiu da boca e parou em seus pés, seu queixo se encontrou com o chão.

Que Priscila era a garota mais linda do mundo ela já sabia, mas não sabia o quão longe essa beleza chegaria.

- O que? - Perguntou, apreensiva.

- Pri, você tá maravilhosa. - Mal conseguia respirar pela falta de ar, sentia seus pulmões murcharem.

- Você também está, Lili. - Sorriu, segurando a mão da loira - Eu adorei a maquiagem, vou fazer a minha agora.

- Eu ainda vou demorar aqui. - Riu meio sem graça, porque se pegou presa na maneira que Priscila dava sinais confusos para tudo.

Lilian foi chamada em outra sala, então saiu. A maquiadora fez praticamente todo o processo na cara de Priscila em silêncio, mas ainda assim acertou na mosca.