Herdeiro

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Valerius chegou em casa naquela noite, parecia outra pessoa, estava com um humor ótimo

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Valerius chegou em casa naquela noite, parecia outra pessoa, estava com um humor ótimo. Ela não repreendeu Marie ou reclamou de algo. Pareceu que a viagem ao coração de Paris a fez...bem.

Chegando ao quarto mês de emprego de Marie, madame Valerius passava quase todos os dias da semana fora de Mansão. Marie não sabia onde ela ia, mas desde que a deixasse de bom humor e longe de Erik, ela não se importava. Isso fez Marie pensar no que Valerius disse a ela no dia seguinte à tempestade. Embora ela ainda não aprovasse o tratamento da mãe para com o menino, Marie tinha que dar crédito a Madame por pelo menos manter Erik. Muitos teriam largado um filho deformado em um orfanato ou pior ainda, o entregado a um asilo para lunáticos!

Então, quando ela pensou no que poderia ter acontecido com Erik, se ele tivesse acabado em um lugar como aquele, Marie estava grata pelas viagens diárias de liberdade de Valerius, a vida de Erik poderia realmente ter sido um inferno, e embora sua vida não seja a ideal, ela sabia que poderia ser pior. Assim pelo menos ela pensava.

Agora com Marie estava na vida de Erik. Ele tinha roupas mais adequadas ao seu tamanho, um novo cobertor para sua cama, bem como comida decente... bem, pelo menos tanto quanto ela conseguia com suas habilidades culinárias ainda em desenvolvimento. Mas o melhor de tudo, ele era amado e cuidado pela própria Marie, e isso fazia toda a diferença. Então, seja qual for o motivo que Valerius teve para manter Erik e relutantemente criá-lo, seja uma centelha de humanidade ou até mesmo culpa.

E era isso que ela queria acreditar.

~~~

Em um dia fazendo a limpeza na biblioteca Marie, achou um livro na extensa coleção de livros do pai de Erik, Livro de ventriloquismo, ela pensou que seria uma ótima diversão para naquela pequena mente brilhante. E como ela esperava Erik ficou encantado quando ela explicou para o que servia o livro.

Uns dias após ela ter entregado o livro, Marie entrou no seu quarto para lhe fazer companhia, Erik estava sentado em sua cama com um livro no colo. Porém, ela se assustou com uma voz que parecia vir da janela, no começo ela pensou estava ouvindo coisas, mas quando ela reparou parecer se pequeno o cisne de papel falando com ela, ela duvidou de sua própria sanidade.

Marie virou para Erik para perguntar se ele também escutou, ela observou que ele ergueu o livro para cobrir o seu rosto, ele parecia estar rindo? Dela?

Ah que pequeno atrevido!

—Oh! Por favor, madame me ajude a descer nessa janela, é muito alto, é minhas pernas são tão curtas— A voz parecia vir do pequeno Cisne, e Marie decidiu entrar no jogo de Erik.

—Claro, monsieur. Mas na próxima vez use suas asas, pode ser mais útil que as pernas que lhe faltam!— Sua resposta para Cisne fazia Erik fazer grande esforço para segurar o riso.

—Madame, você poderia me trazer uma xícara de chá, ah eu adoraria também uma travessa de biscoitos— Veio a voz agora em direção da mesa, era de outro origami.

DESTINO - O Fantasma da ÓperaOnde histórias criam vida. Descubra agora