Por trás da Máscara

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—Erik! Você está bem?— Christine engasgou ao pular para trás ao som de vidro quebrado

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—Erik! Você está bem?— Christine engasgou ao pular para trás ao som de vidro quebrado.

Fazendo o possível para se recompor após a menção inesperada dos macarons, que provocaram uma enxurrada instantânea de memórias que ameaçaram dominá-lo, Erik limpou a garganta e se abaixou para pegar os cacos quebrados.

—S-sim, Christine... estou... bem— ele mentiu. Pois, na verdade, seu coração agora batia descontroladamente e suas mãos tremiam tanto que ele sentiu que poderia se cortar acidentalmente ao tentar limpar sua bagunça —O vidro estava molhado e... escorregou... só isso—

—Eu sinto muito— ela o consolou —Eu gostaria de poder oferecer minha ajuda, mas temo que uma garota cega e vidro quebrado seja uma combinação bastante tola— Ela fez o possível para manter seus comentários leves, tentando aliviar a tensão que de repente desceu sobre a sala.

Algo havia perturbado Erik, isso estava mais do que claro, mas Christine não tinha ideia do que poderia ter sido. Seu comportamento era muito parecido com o dia em que ela perguntou sobre sua aparência e ele derrubou o banco do piano inesperadamente. Falta de jeito e Erik não eram duas coisas que andavam de mãos dadas... Então, usando seus poderes de dedução, Christine adivinhou que nas duas vezes foi algo que ela disse ou fez.

Mas o que?

—Por favor, não se preocupe— Erik instruiu, levantando-se, as peças maiores agora embaladas cuidadosamente em sua mão.

Ele respirou fundo várias vezes na tentativa de se acalmar, sabendo que precisava recuperar a compostura antes que Christine começasse a questionar sua estranha reação às palavras dela. Era bobo, que mesmo a menção de macarons ainda pudesse inflamar tal reação nele, despertando as memórias queridas de seu passado que estavam há tanto tempo enterradas.

No entanto, aqueles poucos meses em que Marie esteve lá cuidando dele ainda foram os mais preciosos de sua vida... agora rivalizados apenas pelo pouco tempo que Christine tocou em sua existência solitária. Ainda assim, ela não entenderia a reação dele às suas palavras a menos que fosse explicada e essa era a última coisa que ele desejava fazer. Erik precisava reprimir esses sentimentos e fazer o possível para encobrir seu comportamento impróprio.

—Não se mova, Christine, enquanto eu busco uma vassoura e uma pá de lixo. Eu já volto—

~~~

Em sua ausência, Christine reservou um tempo para analisar Erik e suas... bem... esquisitices?

É verdade que ele explicou sua aversão a sair de casa por causa de sua condição de pele e, a princípio, parecia plausível. E ainda... ele não tinha acabado de sair com ela no beco? Ou quando ele subiu para cuidar de seus investimentos ? Sem mencionar o fato de que toda vez que o assunto de sua situação médica surgia na presença de seu amigo persa, o homem ficava inquieto e engasgava com as palavras.

DESTINO - O Fantasma da ÓperaOnde histórias criam vida. Descubra agora