Erik Leroux nunca conheceu o amor e afeto de sua mãe, ela nunca o mostrou nenhum dos dois, ele apenas conhecia o desprezo e a solidão.
Até o dia que Marie Bryne foi contratada para trabalhar como governanta na Mansão Leroux, o pequeno Erik aprendeu...
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E lá estava Erik, esperando nas sombras e observando a lua nascer sobre Paris, enquanto aquele homem irritante o fazia esperar. De novo!
Erik enfiou a mão no colete e checou o relógio de bolso, o homem estava definitivamente atrasado e tinha tantas outras coisas que precisavam de sua atenção.
Por um lado, havia o festival para se preparar e, com ele, a esperança de encontrar uma nova soprano principal para a produção da próxima temporada. Quando ele foi forçado a expulsar a última Diva residente, Erik sugeriu através de uma série de notas muito explícitas que os gerentes precisavam procurar alto e baixo por novos e futuros talentos.
As escolhas tornaram-se muito escassas, de fato, no pequeno círculo de cantores a que ele havia sido exposto até agora. Garotas barulhentas, todas elas! Se Erik quisesse ouvir sons tão horrendos vindos de alguém, ele simplesmente aplicaria seu laço Punjab em volta do pescoço e daria um forte puxão.
Fora uma brilhante ideia de Erik enviar batedores a todas as feiras rurais, casas de música e escolas próximas e distantes em busca de alguém com a voz adequada e desejo de cantar na Ópera Garnier.
Eles competiriam em uma grande competição e o vencedor receberia uma posição de grande renome, se eles o agradassem, é claro. Os gerentes podem ter pensado estarem no comando, mas no final, Erik tem a palavra final.
Ele sempre fez. No entanto, ainda havia muito a ser feito e ele não podia perder tempo esperando por aquele persa ridículo. Erik estava prestes a desistir quando avistou Amir correndo pela rua deserta, o rosto um pouco vermelho de seus passos acelerados.
—Você está atrasado— Erik rosnou quando se aproximou.
—Foi inevitável, garanto— declarou Amir, respirando fundo algumas vezes enquanto começava a relaxar. —As ruas ao longo do Sena foram bloqueadas com equipes de resgate e pessoal de emergência, todos tentando prestar socorro. Passei um tempo danado atravessando entre todos eles—
—Equipes de resgate? Para quê?— Erik perguntou, apenas parcialmente interessado. Ele já havia passado muito tempo longe de sua música naquela noite e desejava acabar com essa farsa de visita e voltar para seu covil.
—Você não ouviu?— Amir perguntou com espanto, então ele lentamente acenou com a cabeça em compreensão. —É claro que não, como você pôde, todo enterrado lá embaixo. Estou surpreso que você ainda se lembre que dia é hoje e me considere digno do seu tempo—
—Muitas vezes não, mas sei que se não me incomodasse em subir, você simplesmente desceria e não permitiria isso!— Erik rebateu, cruzando os braços —Você pode achar que pode navegar em minhas armadilhas, mas eu não desejo perder tempo para me livrar de seu cadáver—
—Bem, então isso soa como um desafio— Amir bufou, propositalmente ignorando a flagrante ameaça de morte de Erik. —Mas quanto às equipes de resgate, elas foram enviadas porque houve um acidente hoje. Uma barcaça de festa com muitas socialites a bordo explodiu, matando várias e jogando muitas outras no rio. Eles acreditam que o caldeirão da embarcação explodiu, causando o dano e afundando-o quase imediatamente. É relatado que muitos ainda estão desaparecidos—
