Pirralha Ingrata!

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-Você não está enxergando a vela acesa ao lado da cama, ou

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-Você não está enxergando a vela acesa ao lado da cama, ou... eu?- Erik perguntou apontando a si mesmo, perplexo.

-Eu não posso vejo apenas escuridão... absolutamente nada!- ela murmurou, com seus olhos azuis arregalados, seu tom agora era de pânico e suas mãos esticadas à sua frente enquanto ela tateava, procurando por qualquer coisa que pudesse identificar.

-Por favor, acalme-se- Erik instruiu, dando alguns passos para mais perto quando a viu alcançar a mesa de cabeceira, seus dedos entrando em contato com a vela acesa e derrubando-a antes que ele pudesse impedi-la. -Maldição, mulher! Você pretende queimar minha casa?- ele rosnou, endireitando a vela e seu suporte antes de apagar a chama como medida de precaução.

-Não consigo ver, senhor!- ela começou a chorar, mais uma vez estendendo a mão freneticamente até agarrar o braço dele, pegando-o completamente de surpresa.

Erik se assustou com o toque dela e, por instinto, deu um pulo para trás, desvencilhando-se dela. Ele imediatamente se arrependeu de sua ação chocante, pois quase fez a pobre garota cair da cama e cair no chão. Felizmente ela se endireitou a tempo, seus olhos vazios estavam cheios de lágrimas, escorrendo pelo rosto enquanto ela lutava para entender o que havia acontecido.

-O que aconteceu, por que não consigo ver nada, por quê?- Ela perguntou com angústia.

-Meu melhor palpite que o ferimento em sua cabeça fez com que você perdesse a visão- disse Erik após um momento de contemplação. -Eu li sobre esses casos, onde um golpe no crânio resultou em danos aos nervos ópticos ou em colocar alguma pressão indevida na área do cérebro-

-Você é médico?- ela perguntou, um tom de esperança surgindo em sua voz.

-Claro- Erik respondeu e, embora não fosse completamente verdade, ele se orgulhava de ter um conhecimento prático do corpo humano, um risco ocupacional devido a anos inventando métodos engenhosos de tortura. Além disso, provavelmente aceleraria o processo de confiança dela se ela pensasse que ele era um homem da medicina e não apenas um lunático que vivia em uma caverna.

-Então irei ver novamente?- ela perguntou.

-É muito cedo para dizer- Erik a informou, embora ele tivesse que admitir que era uma possibilidade distinta que ela não pudesse. Médicos e cientistas ainda tinham muito a descobrir sobre o funcionamento interno do cérebro humano. -Isso pode facilmente ser uma condição temporária; não há como saber até que o inchaço diminua. Você pode recuperar a visão já amanhã, ou pode levar semanas, até meses...

-Ou nunca?-

-Ou nunca- ele confirmou com um suspiro. Não era sua intenção frustrar as esperanças dela, mas também não queria mentir para ela, especialmente sobre algo tão sério quanto isso.

Essa admissão a fez desmoronar, puxando os joelhos até o peito enquanto ela enterrava a cabeça nos braços, seus lamentáveis ​​soluços deixando todo o seu corpo tremendo. Erik não sabia o que fazer, então ficou parado como um espectador assistindo a uma peça trágica.

DESTINO - O Fantasma da ÓperaOnde histórias criam vida. Descubra agora