Sete anos e seis meses depois...
Marie estava andando apressada pelas ruas com uma folha de jornal na mão, ela leu anúncio vaga de emprego de babá e doméstica, em mansão um pouco afastada da cidade. Ela esperava conseguir esse emprego, suas economias de seus últimos empregos já estavam se esgotando, ela temia acabar despejada, e passando fome nas ruas de Paris. Marie não tinha muita habilidade para o cargo, ela já havia sido demitida quatro vezes naquele ano. Ela sempre fazia o que era orientado para ela fazer, e sempre chegava antes do horário de trabalho, mas esse não era o problema. Ela não sabia cozinhar ou fazer qualquer coisa doméstica, essa não foi criação que ela teve, mas era sua realidade agora.Marie fazia a mesma coisa desde que era criança, cantar. Isso não a serve para nada agora, ela já estava com trinta anos e não tinha família em Paris, ela ainda tinha a graça da beleza, mas isso só serve para entra na prostituição, esse era último caminho ela queria recorrer.
Ao se aproximar do portão da mansão, ela checou o endereço do jornal mais uma vez, vendo se realmente era aquele o endereço. A mansão era grandiosa, mas precisava de alguns reparos, ela notou que algumas janelas na parte superior estavam fechadas com tábuas. Ela tinha quase certeza que viu uma sombra se mover entre elas, isso devia se fome lhe pregando peças em sua mente, ou realmente era uma mansão mal assombrada.
Com um último suspiro ela bateu na porta, após alguns segundos ela ouviu passos, e depois o clique da fechadura, uma mulher apareceu na pequena fresta da porta.
—O que você quer?— Mulher perguntou com tom frio, não parecia nada amigável.
—Olá, Madame Leroux, meu nome é Marie, vim me candidatar ao emprego que foi anunciado— Marie explicou, temendo que madame iria expulsá-la a qualquer momento pela expressão de seu rosto.
A porta se abriu para que Marie visse mais a mulher. A madame Leroux não parecia ser tão velha quando ela pensava, Marie tinha quase certeza que ela era mais nova que ela em alguns anos, mas sua aparência era de mulher muito cansada, seu cabelo preto estava amarrado em coque bem alto! Ela estava em um lindo vestido preto parecia até estar até luto.
—Então você deseja aceitar esse emprego?— Madame Valerius parecia ter suas dúvidas.
—Sim, eu gostaria de tentar— Marie responde, tentando soar mais confiante possível.
—Você não pode só tentar, ou você aceita o emprego, ou vai embora, não quero ninguém fuçando minha casa e depois espalhando fofoca pela cidade toda— Madame começou a fechar a porta, Marie rapidamente a segurou para não se fechar em seu rosto.
—Madame Leroux, eu garanto que não estou aqui para espalhar fofoca e sim para trabalhar. Por favor, eu realmente preciso do emprego— Ela responde, quase implorando.
A Madame Leroux a olhou para ela por alguns segundos, e então decidiu abrir a porta para Marie entrar. A casa estava totalmente imunda. Ela se pergunta como uma criança viveria naquela sujeira.
—Eu estou doente e não tenho energia para fazer limpeza— Valerius falou como se tivesse respondendo uma pergunta não dita dela.
Marie duvidava disso, ela notou algumas garrafas de bebida espalhadas pelo chão próximo ao sofá. Ela realmente precisava do emprego, então decidiu não ter nenhuma opinião sobre isso.
—Conte-me sobre você, de onde você vem, por que você acredita ser a pessoa certa para esse emprego— Valerius perguntou enquanto se sentava em uma poltrona, apontando para o sofá para Marie se sentar.
—Eu sou a Marie de Ch... Marie Bryne— ela corrigiu a tempo seu nome de solteira —Sou sueca, mas moro na França desde meus dez anos, eu sou... Viúva, eu prometo que trabalharei duro para a Madame.
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DESTINO - O Fantasma da Ópera
RomansaErik Leroux nunca conheceu o amor e afeto de sua mãe, ela nunca o mostrou nenhum dos dois, ele apenas conhecia o desprezo e a solidão. Até o dia que Marie Bryne foi contratada para trabalhar como governanta na Mansão Leroux, o pequeno Erik aprendeu...