Erik Leroux nunca conheceu o amor e afeto de sua mãe, ela nunca o mostrou nenhum dos dois, ele apenas conhecia o desprezo e a solidão.
Até o dia que Marie Bryne foi contratada para trabalhar como governanta na Mansão Leroux, o pequeno Erik aprendeu...
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Amir continuou a praticar seu discurso enquanto viajava para baixo da casa de ópera naquela noite, sua voz muitas vezes ricocheteando nas paredes de pedra enquanto ele caminhava. Ele não queria deixar escapar uma notícia tão sensível como fez da última vez, chateando Christine e irritando Erik.
Embora, as chances fossem, o que quer que ele dissesse ofenderia o homem mascarado de uma forma ou de outra, era assim que o relacionamento deles funcionava. Mas, pelo bem de Mademoiselle Daae, ele faria o possível para ser o mais diplomático possível, talvez até puxando Erik de lado para informá-lo primeiro, permitindo que ele ajudasse a dar a notícia a Christine.
Quando chegou à caverna, endireitou os ombros, colocou a caixa com os pertences dela em uma das mãos e bateu com força na porta quase invisível. Ele esperou um momento antes de levantar a mão para tentar novamente, mas de repente ela se abriu, revelando apenas o homem que procurava.
—Erik!— Amir cumprimentou o mais agradavelmente possível.
—Daroga— Erik respondeu, afastando-se enquanto acenava com a mão em um convite para entrar. —A que devemos mais uma visita surpresa?—
Amir ergueu uma sobrancelha, chocado com a recepção quase ansiosa que estava recebendo. Isso praticamente o fez se virar e correr para o outro lado, mas a curiosidade e o fato de que ele precisava contar a Erik sobre os pais de Christine fizeram com que ele entrasse cautelosamente.
—Eu trouxe os itens que você esqueceu de levar com você, em sua pressa para deixar minha casa na outra noite, assim como para entregar algumas notícias muito... interessantes— ele explicou.
—Parece que esta semana está repleta de informações interessantes— Erik olhou para a caixa que o persa carregava, olhando-a pensativamente. —Você também pode entrar e compartilhar o seu também—
—Na verdade, acho melhor falar com você sobre isso primeiro— ele insistiu, inclinando-se um pouco e baixando a voz.
Ele estava prestes a dar a notícia, mas foi interrompido quando ouviu a voz de Christine no corredor.
—Monsieur Amir? É você?— ela perguntou.
—Sim, Mademoiselle— ele respondeu de volta.
—Por favor, junte-se a mim na sala, tenho algo maravilhoso para compartilhar com você— foi a resposta dela.
Isso fez com que o persa lançasse um olhar cético para Erik, que por sua vez deu um aceno tranquilizador enquanto apontava para a sala. Agora extremamente curioso, Amir seguiu pelo corredor, a caixa ainda em suas mãos.
—É tão gentil da sua parte nos visitar, monsieur— Christine o cumprimentou. Ela estava sentada em uma ponta do sofá e deu um tapinha na almofada à sua direita, convidando-o a se juntar a ela.
Mais uma vez, Amir olhou para Erik em busca de orientação, não desejando ofendê-lo ao aceitar a oferta dela, assumindo que o homem mascarado acharia desagradável se ele se posicionasse tão perto dela. No entanto, Erik deu outro aceno de concordância antes de se sentar em sua própria cadeira perto da lareira. Amir colocou a caixa na mesinha de centro, se empoleirando um pouco nervoso ao lado da garota sorridente.
