Apesar de lembrar da minha escolha sólida de que não cairia mais nos encantos da senhorita Mitchell, cá estou eu acordando maravilhosamente bem ao lado dela. Pasmem, na casa dela.
- Bom dia, dengosa... – Bianca sussurra no vão de meu pescoço com uma voz rouca e sonolenta.
- bom dia... – retribuo contorcendo pelo arrepio efeito de seus lábios no meu ponto fraco.
- daqui a pouco o Max chega da casa dos tios, você deveria ir...
- sabe que sinto saudade do Max né? Gostaria de poder revê-lo, seria tão bom.... – falo me sentando em sua cama plus size super ultra king.
- não é o momento... você sabe que a situação não é da melhores por aqui...
- af... – retruco saindo de sua cama – até quando Bianca?
Expresso minha insatisfação pela circunstância em que estava me metendo.
- para de ser brava assim – a morena se levanta me abraçando por trás, me domando completamente – eu quero você, e você sabe bem disso.
- Já falamos sobre isso – a olho com os cantos dos olhos – não basta só querer...
- eu sei... – fala manhosa próxima a minha orelha, a mordiscando carinhosamente
Quando percebo seu joguinho singelo iniciando de novo, tiro suas mãos envoltas a minha cintura e me viro de frente a ela. Te dou um longo selinho e caminho para o banheiro privativo, rebolando deliciosamente nua afim de provoca-la. Escuto murmúrios de descontentamento e seus passos se aproximarem.
- banho? – convida.
- sozinha – rebato.
Bianca faz um bico, mas eu a ignoro fechando o box do banheiro.
Me delicio na ducha quente e relaxante, após, me enrolo na toalha e caminho ao quarto para me trocar. Bianca havia descido, acredito que para preparar algo pra comermos ou ligar para seu até então marido que estava viajando. Tédio.
Ao me trocar, pego minha bolsa e me direciono até as escadas ajeitando meus cabelos úmidos. Desço os degraus tranquilamente até que ouço a porta principal fechar
Ao levar meu olhar até a entrada, paro imediatamente meus passos. Era Max.
- oi? – Max fala com uma voz mais madura do que eu me lembrava vagamente.
- o..oi! – retribuo a fala totalmente trêmula de medo do que estaria por vir
- eu conheço você? – ele sorri sem jeito.
Max estava por volta dos seus 14 ou 15 anos, um adolescente lindo, tinha crescido e amadurecido, mas seus cabelinhos e sardinhas ruivas permaneceram intactas e devo dizer, lindas! Meu coração batia acelerado, minha vontade era de abraçar ele e dizer o quanto senti sua falta. Eu poderia dizer que conhecia ele ali naquele momento, mas preferi desviar o assunto:
- Biancaaaa... – chamei em tom alto.
Bianca correu da cozinha para a entrada principal com uma cara pálida, gaguejou e gesticulou muito até suas palavras saírem
- oi filho – correu abraçar o garoto que já tinha deixado as malas próximas ao sofá – chegou mais cedo...
- sim, eu te avisei... vou ter que fazer um trabalho da escola para amanhã, então vim mais cedo – sorri sem entender – eu fiz mal?
- não não, claro que não, filho – ela faz carinho em seu rosto e me olha gesticulando algo como "inventa alguma coisa"
- É mesmo, Max... quero dizer, filho da Bianca – me atrapalho descendo as escadas – eu sou amiga da sua mãe, e eu passei muito mal ontem então ela me deixou dormir aqui, no quarto de hospedes, claro
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PsicoLove.
Teen FictionJullie Martins, atualmente com 18 anos, passa por poucas e boas em uma clínica psiquiátrica. Foi diagnosticada, aos seus 14, com transtorno bipolar e infantilismo. Sua situação nunca foi das melhores, mas as coisas tomam um rumo diferente, momentos...