Mais tarde naquela noite, todos estavam dormindo, creio eu. E o pedido de Camila gritava alto em minha mente. Fiquei receosa de que Max resolvesse me visitar hoje, mas mesmo assim resolvi ir até o quarto 5. Com duas batidas leves na porta, escuto a voz doce responder-me:
- Quem bate?
- Sou.. eu
- Entre.
Entrei meio tímida, incerta de meu ato. Fechei a porta atrás de mim e ela me encarou:
- Vem cá.
Sorriu batendo a palma da mão na cama, onde estava sentada em pernas de indio.
Seu sorriso era meigo, e ao mesmo tempo safado, aquilo me fazia sentir coisas, coisas as quais não era acostumada a sentir. Saltitei até me aproximar da beirada da cama, e me sentei ainda acanhada.- Porque me chamou? Você quer brincar?
Perguntei com a mais pura inocência, e ela sonorizou um riso.
- Quero..
Mordeu teus lábios discretamente, se aproximou de meu corpo magro, e tocou meus cabelos.
- Mas não quero brincar de boneca, Jullie.
Meu estômago embrulhava, meu coração palpitava mais forte. Dessa vez, diferente do que com Jane, eu queria aquilo...supondo que seria...sexo (?)
- E.. de que.. quer brincar?
Falhei a voz, por nervosismo, ansiedade e por medo de não saber o que fazer e como fazer.
- Deita aqui...
Me deitei, e ela, por cima de mim, acariciou minha bochecha com a ponta do nariz, e de mansinho foi se aproximando de minha boca, essa por sua vez ressecada, esperando por um beijo, e assim foi saceada. Toquei minhas mãos trêmulas em sua cintura fina, e o beijo foi se intensificando rapidamente. Tuas mãos cercando meu rosto, e seu quadril mexia levemente sobre mim. Seu sorriso após uma mordiscada em meu lábio deixou um gosto de "quero mais", mas...eu não sabia como fazer aquilo, então, de um jeito meio estabanado, tomei a liberdade de apalpar seu traseiro e logo soltei temendo a insatisfação da garota.
- Pode apertar.. você gosta?
Sorriu e eu afirmei, voltando a sentir seu bumbum, ela ajoelhada na mesma posição ainda, tocou meus ombros, e suas mãos deslizaram discretamente para o colo de meus seios, por cima da roupa os massageou, de maneira prazeirosa e ao mesmo tempo delicada. Gelei no mesmo momento em que deixei escapar uma arfada surpresa pelo seu toque. Ela me olhou, e prosseguiu com uma curva explicitamente maliciosa nos lábios rosados.
Ah, eu deveria estar no meu quarto, deveria estar brincando...mas não, uma força maior não permitia-me interromper esse momento, não antes de terminar.
Camila, ameaçou retirar minha regatinha amarela, me sentei para ajuda-la e em segundos estava desnuda, com minhas belas azeitonas expostas. Senti vergonha, mas ela, do contrário se mostrou interessada, conclui, já que abocanhou meus bicos, grosseiramente, mas ainda assim me proporcionando sensações indescritíveis. Arqueei minha cabeça pra trás, suspirando visivelmente ofegante.- Bianca...
Opa!
- Bianca?
Parou no mesmo segundo, expressando fúria. Se levantou.
- Que drogas é Bianca, Jullie?
Fiquei paralisada.
- E..Eu.. Desculpa
Me sentei, vestindo minha roupa.
- Sai daqui, agora.
Esbravejou apontando pra porta. Assim o fiz, meio desconsertada de minha ação a pouco.
Eu estava tão perto... Como fui fazer isso logo com uma garota daquela? Linda, sensual, simpática... Droga!
Mas, porque? Porque a doutora?
Bem, eu sei o porque... ou acho que sei. Minha conclusão era que, eu desejava a Bianca. E eu realmente sentia desejo por ela. Mas, todos sabemos que isso é platônico. São coisas da minha mente doente.
Agora, eu me preocupava com Camila. Pela manhã, irei pedir desculpas. E, quem sabe, tentar de novo... ou não.
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PsicoLove.
Teen FictionJullie Martins, atualmente com 18 anos, passa por poucas e boas em uma clínica psiquiátrica. Foi diagnosticada, aos seus 14, com transtorno bipolar e infantilismo. Sua situação nunca foi das melhores, mas as coisas tomam um rumo diferente, momentos...