loucos

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S/n pov

Eu estava com insônia novamente, rolando na cama desde às duas da manhã.

Eu só queria parar de pensar

- fodase, vou fazer um café, meu sono já se foi mesmo.

Me levanto e vou para a cozinha, ligando a cafeteira. Era estranho, mas café me fazia bem quando eu estava de cabeça cheia.

- que merda... - eu batia na máquina de café, na tentativa de tentar faze-lá funcionar, e óbviamente, não obtive sucesso... essa bosta as vezes trava e custa a voltar.

- justo hoje? - eu falava colocando a mão sob a testa - me dá um sinal de que minha vida não está tão ruim assim, nem a cafeteira tá de boa comigo, porra!

Eu colocava as mãos para o alto, como se o universo fosse me responder, estava ficando louca de vez.

- eu te odeio universo.

"bzzzzzzz"

a cafeteira voltava a funcionar com tudo, derrubando café em todo o chão

- já entendi - eu suspirava pegando um pano. Olhava no relógio "03:48"
Comecei a limpar toda a bagunça quando ouço um... ronco?

- Jesus Maria José - eu falava na tentativa de espantar o espírito que estava roncando no meu quarto.

Logo peguei a primeira coisa que vi na frente, uma frigideira. Caminhei lentamente até meu quarto, que era de onde vinha o barulho, um passo de cada vez...

E BUM, acendi a luz.
A primeira coisa que eu vi foi um menino com um cabelo estranho todo embolado...

Espera, bandido? BANDIDO NA MINHA CASA
Eu simplesmente tive a ideia mais burra possível

Gritei

-AAAAAAAAH
Eu batia nele o fazendo cair da cama.

-SAÍ BANDIDO, SAÍ!

Que tipo de bandido é esse que entra na minha casa, e ao envéz de roubar, dorme na minha cama? Que sem vergonha!
Logo escuto outro estrondo caindo no chão, era outro menino, eu não tinha percebido a sua presença ali.

- E VOCÊ? QUEM É VOCÊ? - eu o apontava a frigideira.

ele me olhava com o queixo caído como eu fosse uma doida, dava pra ver que ele estava tentando raciocinar...

Ficamos uns minutos gritando uns com os outros tentando entender a situação, até que o garoto de dreads dá uma sugestão

- podemos ter uma conversa civilizada...

Ele me olhava esperando minha resposta

- S/n. - respondi

Ele dava um sorriso doce

- senhora S/n.

Eu os convidei para vir até a sala, para conversarmos melhor. O menino de cabelos negros olhava todos os detalhes possíveis da minha casa, como se estivesse indignado com aquilo.

- aqui... - coloco duas xícaras de chá sobre a mesa, evitando o contato visual, eu estava muito envergonhada para fazer isso.

O de dreads estava com dois O.Bs no nariz, era a única coisa que eu tinha pra tampar a cachoeira de sangue que estava saindo, e o outro, com um saco ervilhas congeladas na cabeça, com certeza havia se formado um galo ali.

- desculpa pela bagunça - falo me sentando.

- ah relaxa, se dois homens aparecessem na minha casa dormindo na "minha cama" eu também teria essa reação - ele falava tirando os O.Bs do nariz.

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