eles.

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- não conseguiu dormir ainda?

Tom falava me olhando de canto de olho, o quarto ainda estava um pouco escuro, mas eu conseguia ver seus olhos castanhos escuros percorrendo meu rosto

- tô dormindo, não tá vendo? - eu era sarcástica

- engraçadinha...

Eu me virava pra ele

- seu irmão ronca igual um porcão.

- eu tenho que aguentar isso todo dia, dava pra ouvir do meu quarto. - ele ria baixo enquanto se virava para mim devagar, eu retribuía e movimento... agora estávamos de frente um para o outro.

- o que você pensou sobre seu "disfarce"

Ele pensava um pouco

- eu sempre quis ter tranças pretas...
tenho dreads desde os 11

- vai ficar legal, sempre gostei de tranças.

ele me olhava, tentava dizer algo mas as palavras não saíam, então ele chega perto do meu rosto, em um gesto rápido, eu recuei.

- minha mãe me falava que você era um mulherengo mesmo - eu dizia colocando a mão sobre sua boca. - acabei de confirmar.

Ele revirava os olhos e eu dava uma risada baixa

- você é uma chata, eu só queria colocar emoção... não estamos fazendo nada.

- até parece!  - eu respondia cochichando-
Você só me conhece faz algumas horas, e está inclusive em uma viajem do tempo que nem sabe se vai voltar.

- já me conhece só faz algumas horas e já feriu meu ego.

- ferir seu ego?

- sim - ele falava rapidamente - é raro ferir meu ego, nunca conheci uma menina que recusou me beijar.

- você é muito exibido.

- eu tenho motivos, não concorda?

Eu apenas o olhava, não sabia o que responder.

- vai dormir, Tom.

Eu me virava de costas

assim pegamos no sono

14:56 da tarde

- ele não perde tempo, né? Nem em uma situação dessas que a gente se meteu.

- óbvio que não, é o Tom, mesmo dormindo ele tem o santo safado.

Eu acordava com vozes cochichando no quarto

- só mais cinco minutos...

Eu falava me mexendo, até que sinto uma respiração bem próxima ao meu rosto e quando abro os olhos, eu me lembro do que tinha acontecido na noite passada, estava a centímetros do rosto de Tom.

- aí porra, que susto. - percebi que a noite passada não era um sonho, e aquilo me apavorou

Falo me afastando do mesmo e os meninos apenas riam da situação.

- nem parece que vocês estão basicamente "mortos" rindo assim. - respondi se a

Eu me levanto indo em direção ao banheiro, os passos pesados como se tijolos tivessem pendurados nos pés 

- acho que ela ficou brava. - Gustav comentou

- é porque ela gostou.
Tom bocejava se sentando na cama

- não sei como você ainda não pegou AIDS!

Eu falava de dentro do banheiro enquanto ligava o chuveiro.

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