our time

Explication and sex

Ela dormiu... - eu voltava e ficava de frente para ele. - quer beber algo?

- sinceramente? - Tom falava e eu arqueava a sobrancelha. - eu preciso de uma cerveja.
Eu concordava com a cabeça e ia até a geladeira e pegava uma caixa.

- Sério? Uma caixa? - ele me olhava enquanto eu sentava no sofá

- você me deve uma longa explicação de uns... 21 anos. E você desembucha melhor quando bebe

- então isso faz parte do plano? - ele perguntava tirando uma cerveja da caixa

- faz. - eu abria a primeira garrafa e ele começa a contar a história

- quando nós voltamos... parecia que nada havia mudado, voltamos de onde saímos. Estávamos na mesma sala onde "desaparecemos". Nós quatro decidimos que iríamos continuar nossas vidas normalmente, com a banda... e vocês aqui no futuro nos ensinaram melhor lidar com a fama então acabamos dando conta do recado. Em 2010 eu decidi que iria te procurar, você iria estar fazendo de três para quatro anos, eu queria pelo menos saber como você era... mas eu simplesmente não te achei.

- Tom... como assim não me achou?

- eu não te achei s/n, é como se você e Lia nunca tivessem existido, tentei procurar a Hailey e a Jenna mas também nunca encontrei elas... Não haviam cadastros, nomes... nada. Eu e Bill fizemos de tudo, ficamos anos e anos atrás de vocês. Até que minha mãe começou a demonstrar os sinais do câncer...

- Meu Deus, a Simone... ela está?

- ela está viva. - meu coração se alivia e um sorriso breve surge no meu rosto. Logo Tom volta a contar a história.
Descobrimos o câncer dela assim que começou, então ela começou a fazer o tratamento desde cedo e está conseguindo vencer até agora. Sobre a Heidi... - ele ajeitava a postura no sofá - você não vai gostar.

- ah sério? Não me diga.

Ele dava uma goles em sua cerveja e pegava outra

- eu conheci ela em 2018, eu ainda estava procurando por você. Dessa vez eu estava fora do país, estava nos EUA, talvez você estivesse lá... aqui na Alemanha você não estava, então talvez estivesse fora.

- e aí? - eu também já ia para a próxima cerveja

- ela pareceu ser compreensiva depois de alguns drinks e eu não havia contado pra ninguém essa história além do pessoal que viveu, claro. Então contei para ela.
Ela acreditou em mim e me ajudou a te procurar durante um tempo. Nisso viramos amigos próximos, viajamos de ponta a ponta. Até que um dia ela me levou para a cama e me disse que eu estava a muito tempo procurando alguém que não existia, que talvez fosse um delírio... que ela podia me fazer esquecer disso.

- Tom... - eu tentava falar mas ele me interrompia

- fomos em um psiquiatra, eu e Bill. Ele falou que tínhamos uns sintomas ansiosos que podiam causar delírios... algo hereditário.

- você acreditou. - eu o olhava

- sim... - ele passava a mão no cabelo e me devolvia o olhar fixamente - eu acreditei.

Um silêncio tomava conta do lugar

- e você s/n, por que você não me procurou?

- eu tentei... mas você e Bill ficaram tão famosos que não consegui ter contato com vocês de maneira alguma! Eu falei que estava grávida inúmeras vezes, mas não fui atendida, me taxaram como algum tipo de fã maluca.

Ele se levantava e se sentava do meu lado

- como foi passar por isso? - eu sentia seu perfume e seu olhar sério, ele queria saber realmente toda a história.