desire for revenge. ❨ tom kaulitz ❩

ten.

( ★ ) ── 𝐓𝐎𝐌'𝐬 𝐩𝐨𝐯.

Nunca me movi tão rapidamente em desespero, a voz de Bill me fez despertar. Afinal, o que eu estava fazendo? Meu desejo por Lilith era insano, mas era contestável tocá-la dessa forma, ainda mais citando o nome de Emmett. 

── Ah, achei que você dois tivessem saído. ── Meu irmão disse assim que entrou no cômodo. ── Está tudo bem? ── Ele questionou ao ver nosso silêncio.

── Sim, está sim. Só estou meio mal e Tom me trouxe para beber água. 

Lilith o respondeu e não era preciso muita luz para ver a vermelhidão em seu rosto, sua pele esbranquiçada estava tão corada que me trazia pensamentos impuros. Queria tanto vê-la ruborizada daquela forma quando estivesse em meus braços, com seu jeitinho de luxúria me levando a loucura, mas sabia que isso ficaria apenas em minha cabeça, nunca poderia deixar uma situação dessa ocorrer, Emmett não se seguraria em me socar tanto quanto socou Bill hoje.

── Sinto muito por ontem. ── Kaulitz disse, se aproximando da loira em um abraço caloroso. ── Mas fique tranquila, pode ter certeza de que eu dei uma lição nele.

A garota soltou uma risada fraca, mas era nítido o semblante de tristeza em seu rosto. Hoffmann era um escroto, isso era claro, tinha certeza de que nunca havia sentido tanto ódio por alguém em toda a minha vida. Eu não era o tipo de pessoa que se metia em confusões de outras pessoas, mas assim que a vi com os olhos pesados, mal conseguindo se mexer, um instinto de proteção trilhou minhas veias. Fui rapidamente de encontro com a mesma e a tirei do local, pensar no que o loiro tinha em mente me trazia náuseas.

── Obrigada novamente, vocês dois. Os dias estão infernais, mas de alguma forma vocês estão conseguindo melhorá-los. ── Lilith forçou um sorriso. ── E eu peguei traumas de festas, então nem tente me forçar em ir em mais alguma novamente, Bill. Saiba que a resposta sempre será não.

O moreno deu de ombros e a alemã saiu do cômodo, provavelmente indo até seu aconchego novamente. Estava tarde da noite e ela não se sentia bem, precisava descansar.

── Meu rosto dói. ── Ele disse, se sentando na bancada.

Abri o freezer, pegando a primeira coisa que encontrava.

── Isso aqui vai ajudar a aliviar. ── Joguei o saco de ervilhas congeladas para o mesmo, que riu com a situação antes de colocá-lo em seu olho. Sua pele estava totalmente roxa, essas marcas me traziam raiva, odiava ver o meu irmão dessa forma. ── Céus, eu poderia ir até a casa de Emmett e acabar com ele agora mesmo. ── Falei enquanto me sentava ao seu lado.

── Eu o odeio, Tom. O odeio desde que o vi pela primeira vez e odeio mais ainda o fato de que você é o amigo mais próximo dele.

── Não posso deixá-lo depois de tudo, Bill. Você sabe que é complicado. ── Suspirei.

Fazia quase quatro anos desde que nossa mãe havia falecido em um acidente de carro. Fora traumatizante para caralho. Nunca havia pensado que uma dor sentimental poderia se tornar uma dor física, eu sentia meu coração se partindo sempre que lembrava que a mulher não estava mais aqui e fora tudo completamente minha culpa, afinal, quem estava dirigindo era eu.

Eu passei meses de cama, pouco me alimentava e já me encontrava sem forças, mas aquilo pouco importava para mim, não sentia mais nada a não ser culpa e saudade. Bill também se sentia assim, não culpado, mas passou todo aquele tempo me odiando, dizendo que eu merecia me sentir um lixo. Eu o entendia, então nunca o respondia, apenas ouvia as suas palavras detestáveis enquanto aquilo me consumia por dentro.

Mas havia um alguém, uma luz no fim do túnel. Emmett fora o único que se importou e cuidou de mim, de alguma forma ele me trouxe de volta a vida e eu não poderia ser mais grato por isso. Apesar dos seus erros ── erros abomináveis ── eu não podia deixá-lo na mão, me sentiria péssimo por isso.

── Isso te faz um idiota. ── Meu irmão respondeu e eu o olhei com o cenho franzido. ── Nem vem me olhar com essa cara aí, eu to certo.

O garoto saiu da bancada e se direcionou para fora do cômodo, sem me deixar respondê-lo.

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