forty-five.

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( ★ ) ── 𝐋𝐈𝐋𝐈𝐓𝐇'𝐬 𝐩𝐨𝐯.

Estacionei o meu carro perto da praia, mas longe o suficiente para que eu pudesse caminhar até lá pensando nos meus atos. As chances de eu me arrepender eram altas, mas eu sempre vivi pelo "só se vive uma vez", então o que me impedia agora?

Meus passos eram lentos, as ruas eram iluminadas apenas pelos postes de luz e as estrelas no céu, mas um frio percorria a minha pele. Por um segundo pensei ter levado um bolo, mas a presença de uma moto trouxe alívio para mim. Tom estava logo ao seu lado, então me aproximei calmamente para que o garoto percebesse a minha presença.

── Lili. ── Ele murmurou, com um sorriso fraco nos lábios.

Respirei fundo ao ver o quão lindo Kaulitz estava, com uma bermuda preta e uma camiseta branca, com uma grande caveira estampada na mesma. Mesmo de noite, seu piercing brilhava, chamando a minha atenção para o seu sorriso disfarçado. Tive certeza de que meus olhos brilhavam.

── Oi, Tom. ── Murmurei de volta, sentindo seus braços contornarem a minha cintura em um abraço apertado. Seu rosto se encaixou perfeitamente na curvatura do meu pescoço, pude sentir a sua respiração calma contra a minha pele. Devolvi o abraço, contornando seu pescoço com os meus braços, me permitindo fechar os olhos para a aproveitar o seu toque.

Aquele momento durou minutos e eu poderia ficar lá mais um pouco, mas o garoto se separou de mim e pegou algo dentro da sua moto.

── Trouxe uma coisinha para nós. ── Ele sorriu malicioso com uma garrafa de vinho nas mãos.


A areia gélida tocava os meus pés descalços, já que meus chinelos estavam na minha mão. Caminhar ao seu lado era bom, talvez fosse o local em si, com o som calmo das ondas do mar, mas tê-lo aqui era reconfortante. Uma das coisas que eu mais sentia falta era a sua presença, a sua risada gostosa, as nossas conversas aleatórias que me faziam ter vontade de nunca sair dali.

── Então você está trabalhando? ── Ele questionou.

── Estou. ── Disse, dando um gole no vinho e passando a garrafa para a sua mão.

── Céus, você virou uma adulta em três meses. ── Ri baixo. ── Onde você está trabalhando?

── Não vou te dar esse gostinho. ── Esbarrei meu ombro no seu de forma fraca. ── Mas digamos que eu sou uma ótima garçonete.

Tom me olhou com um sorrisinho nos lábios, mas seu olhar se tornou fixo ao meu. Não podia desviar, não queria acabar com isso, era pouco, migalhas do que havia sobrado de meses passados, mas era o suficiente para me deixar fraca.

── Se lembra daquele dia em que você veio na minha casa depois da aula, com aquele biquíni acinzentado e veio conversar comigo na cozinha? ── Franzi o cenho, confusa por ele lembrar daquele dia, mas assenti com a cabeça. ── Céus Lilith, você estava tão linda e eu não conseguia deixar de olhar para você, eu queria te agarrar dentro daquele piscina, te levar para o meu quarto e te fazer minha, mas eu tinha consciência de que não podia. Mas você nunca ligou para isso, né? ── No mesmo instante senti o meu rosto queimar, lembrando do nosso momento íntimo naquele cômodo. ── Naquele dia eu te disse que nunca iria querer algo com você, mas foi a maior mentira que eu contei.

Ele deu um passo na minha direção, deixando a garrafa de vinho, quase vazia, ao nosso lado na areia. Senti suas mãos em minha cintura, me puxando contra o seu corpo. Um suspiro saiu dos meus lábios e eu tive que apoiar minhas mãos em seu peito para não me desequilibrar, eu estava fraca com um mísero toque.

── Você não sente falta disso? ── Kaulitz questionou, levando seus lábios para perto da minha orelha, mordiscando a mesma levemente, fazendo eu me arrepiar por inteira. ── Não sente falta de nós? ── Seus beijos leves tomaram conta da curvatura do meu pescoço, então me deixei levar, tombando a cabeça para o lado, fechando os olhos. Logo seus beijos se tornaram mais fortes e aquilo se tornou um chupão, não pude evitar soltar um suspiro alto, agarrando a sua camiseta. ── Eu amo te ver suspirar para mim, linda.

Seus lábios fizeram uma trilha até o canto da minha boca e pousaram ali, depositando um selar fraco. Não sabia se ele iria me beijar, mas eu estava sem forças para recusar qualquer coisa que Tom pedisse. 


desire for revenge. ❨ tom kaulitz ❩Onde histórias criam vida. Descubra agora