thirty-four.

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( ★ ) ── 𝐋𝐈𝐋𝐈𝐓𝐇'𝐬 𝐩𝐨𝐯.

Havia se passado exatamente dois dias desde o dia do baile. Agora o final de semana havia chegado ao fim e era preciso ir ao colégio, mas a última coisa que eu queria era pisar dentro daquele lugar. Emmett fora expulso após brigar com Kaulitz por minha causa, isso era óbvio para todos e eu sabia que as fofocas voltariam assim que os alunos vissem meu rosto. Mas o que realmente me incomodava era o esforço que eu fazia para ignorar as mensagens e as ligações de Tom, sentia um aperto no peito sempre que me tocava na confusão que estava fazendo, mas era necessário, eu precisava me colocar em primeiro lugar e infelizmente essa era a única forma.

Respirei fundo assim que meus olhos foram capazes de ver o colégio em meu trajeto, mas logo senti uma mão tocar o meu ombro, o que me fez virar o rosto com agilidade para ver quem era.

── Ah, bom dia Klara. ── Esbocei um sorriso fraco para a garota.

── Bom dia Lili, você está melhor? Não liguei no final de semana porque tive medo de te incomodar. ── Sua voz era calma e me tranquilizava junto com as suas palavras.

── Fique tranquila, eu estou bem. Senti saudade.

A puxei para um abraço caloroso e sincero, a garota realmente fazia falta. Apesar da noite desastrosa no dia do baile, me diverti demasiadamente durante horas e o maior motivo disso era Klara. Nunca havia dançado tanto e soltando tantas gargalhadas, a platinada com certeza havia deixado o ambiente mais tranquilo, eu não sabia o que teria sido de mim sem ela.

── Se você está bem, por que parece tão nervosa?── Ela perguntou.

── Você sabe como as fofocas acontecem nessa escola. Primeiro a traição de Emmett, depois a primeira briga entre ele e Tom e agora isso. Engraçado que eu estou sempre envolvida e sempre saio como errada! ── Esbravejei. ── Por que eu estou sempre errada se quem começou essa bagunça foi Emmett? Foi ele quem me traiu, mas ele levou a coroa e eu paguei pelos seus erros. Isso é injusto!

── Bem vinda ao mundo real, Lilith. Os homens sempre serão aclamados e as mulheres sempre sairão como vagabundas. Mas fique tranquila, se alguém mexer com você vai ser eu quem vou arranjar mais uma briga de socos.

Ri com a sua resposta e logo entramos dentro do colégio.

O dia fora um tanto conturbado, mas suportável. Sem a presença de Hoffmann tudo parecia mais tranquilo, claro que houve cochichos e comentários, mas não era algo que eu estava desacostumada, certo? Mas agora eu não estava sozinha, Klara passou o dia ao meu lado e durante longos momentos me fez esquecer dos acontecimentos.

Assim que o final da aula chegou me direcionei até a saída, mas senti meu estômago embrulhar assim que vi de longe a presença de Tom do outro lado da rua, apoiado em sua moto. Provavelmente ele queria tirar algumas satisfações comigo para saber o motivo que eu não estar dando sinais de vida, mas eu não estava preparada para ter uma conversa civilizada, talvez fosse mais fácil apenas sumir e deixá-lo seguir em frente sozinho. Me odiava por pensar assim, mas eu nunca fui corajosa, então por que me tornaria nesse exato momento?

Aproveitei o fato de estar entre uma multidão de pessoas e tentei me esconder entre elas, percebendo que Tom percorria seu olhar por todas aqueles adolescentes, a minha procura. Me direcionei aos cantos como um cometa, sentia o olhar de julgamento de alguns ao me ver correndo tão rápido e empurrando algumas pessoas sem querer, mas pouco me importava com aquilo. Estava quase conseguindo ir embora quando ouvi uma voz grossa atrás de mim.

── Lilith! ── Me virei para trás, me repreendendo em meus pensamentos por não ter corrido mais rápido. ── Uau, desde quando você corre tão rápido assim? ── Kaulitz suspirou ofegante, seguido de um sorrisinho, aquele mesmo sorrisinho que me deixa fraca e com vontade de me jogar em seus braços. ── Por que está com tanta pressa?

── Ah é que minha mãe está precisando de ajuda lá em casa, ela me ligou dizendo para eu chegar logo. ── Menti.

── Eu pensei que poderíamos conversar apenas um pouco.

── Desculpe Tom, é realmente urgente. ── Fui me afastando aos poucos, o deixando um tanto quanto confuso. ── Nos falamos mais tarde. ── Disse minha última frase antes de voltar a correr rápido como antes, para afastá-lo sem que o garoto ao menos pudesse dizer algo.

Céus, eu nunca me perdoaria por ser tão mentirosa e sempre colocar Kaulitz em situações embaraçosas.

desire for revenge. ❨ tom kaulitz ❩Onde histórias criam vida. Descubra agora