forty-three.

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( ★ ) ── 𝐓𝐎𝐌'𝐬 𝐩𝐨𝐯.

── Ela está tão perfeita. ── Suspirei ao jogar meu corpo contra o sofá da sala de estar da minha casa. ── Céus, eu queria tanto beija-la.

Bill fechou a porta a poucos metros de mim, se sentando ao meu lado. Passei o caminho inteiro suspirando bobagens sobre Lilith, pensando nos seus lábios avermelhados e seus loiros cachos angelicais. Não tivemos uma boa conversa, confesso, mas a saudade que estava dentro de mim não estava mais dando facadas em meu peito. Eu precisava vê-la, saber como a garota estava, se ainda estava na cidade.

── Ela parece mais feliz agora. ── Disse assim que meu irmão se sentou ao meu lado. ── Pude ver o brilho em seus olhos, ele tinha sumido desde que eu havia chego em sua vida. ── Murmurei mais para mim mesmo, mas o moreno ao meu lado ouviu.

Bill deitou sua cabeça no meu ombro e encolheu seu corpo no sofá.

── Não te disse onde ela estava, porque Lilith precisava respirar. Lembro exatamente da forma como ela ficou assim que viu as suas fotos com aquela garota, a Lili mal conseguia dizer uma palavra, se recusava a levantar e comer, sua mãe entrou em desespero por não saber o que fazer. ── Meu irmão se afastou, se sentando na minha frente para poder fitar os meus olhos. ── Ninguém nunca parou para pensar em como ela se sente. Ela foi traída, humilhada no colégio como se ela fosse a culpada do relacionamento, presenciou brigas violentas, sua mãe alcoólatra dentro de casa, a falta do seu pai e agora você, que a salvou, mas ao mesmo tempo a afundou ainda mais. E agora ela está bem. ── Abaixei minha cabeça, olhando para as minhas mãos no meu colo. ── Eu sei que você a quer de volta, mas pense um pouco nos sentimentos dela e se realmente voltar, não acabe com Lilith de novo. Ela merece ter uma chance de ser feliz.

O garoto se levantou e se direcionou para o andar de cima, me deixando sozinho.

Os últimos meses foram trágicos sem ela, eu estava bem, porque eu precisava estar bem caso Lilith voltasse. Não queria que a garota pensasse que eu estava acabado por sua culpa, que a minha dor era sua responsabilidade, eu queria que ela pensasse que poderíamos construir um futuro juntos agora que estávamos bem. Eu não estava bem, mas precisava estar.

Hoje, quando eu a vi em meio aquela multidão, tive vontade de agarrá-la logo ali, abraça-la até a garota ficar sem ar, dizer que a minha saudade e o meu amor era imenso, que eu estava aliviado em vê-la. Eu era um desesperado, mas era um desesperado por amor e por culpa desse desespero eu não iria desistir de tê-la de volta, não somos perfeitos, mas somos únicos um para o outro.


desire for revenge. ❨ tom kaulitz ❩Onde histórias criam vida. Descubra agora