eighteen.

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( ★ ) ── 𝐋𝐈𝐋𝐈𝐓𝐇'𝐬 𝐩𝐨𝐯.

O som estressante do despertador soou em meus ouvidos, o desliguei com dificuldade, ainda queria dormir um pouco mais. Tomei para o lado e estranhei ao sentir um vazio, o que me fez abrir os olhos.

Não havia ninguém.

Tom cumpriu a sua promessa e eu nunca odiei tanto isso.

A noite anterior havia sido uma bagunça, mas não conseguia deixar de pensar nos atos amorosos de Tom. Eles me faziam sorrir como uma boba, era difícil evitar. Lembro detalhadamente da sua respiração calma assim que o mesmo adormeceu, com os lábios grudados em minha testa. Passei um tempo acordada, meus pensamentos martelando em minha cabeça não me deixavam dormir.

Kaulitz passou a gostar de mim? Isso era insano e parecia ser uma mentira, talvez ele quisesse irritar Hoffmann tanto quanto eu e consequentemente pensamos no mesmo. De acordo com Bill, Tom nunca se apaixonou por ninguém, seus amores eram de apenas uma noite e isso era mais do que o suficiente, então por que ele teria olhos para mim? Tinha certeza de que era um plano apenas para me levar na sua cama e deixar Emmett nos nervos.


Estava tomando o meu café da manhã tranquilamente quando ouvi os passos da minha mãe se aproximarem, ela parecia um tanto quanto diferente assim que se sentou na cadeira ao meu lado.

── Por que está me olhando assim? ── Questionei, franzindo o cenho.

── Você está estranha faz semanas, Lilith. ── A mulher se calou por uns segundos. ── Tem algo que queira me contar?

Neguei com a cabeça um tanto nervosa, ela facilmente sabia quando eu mentia. Afinal, sempre fomos muito próximas, desde que meu pai fora embora.

── Saiba que guardar tudo isso para si vai te fazer mal, qualquer hora você vai explodir como uma bomba! ── Seu diálogo agiu como um deja vú dentro de mim, me lembrando do dia em que eu disse exatamente as mesmas palavras para Tom. E eu sabia que a mais velha estava certa, mas as verdades apenas não queriam sair da minha boca. ── Eu sou sua mãe, te amo mais do que qualquer pessoa amou ou vai amar, você pode confiar em mim, ok?

── Eu sei, mamãe. ── Fui honesta.

── Eu sei que as vezes eu sou meio chatinha ── Ela riu e eu a acompanhei. ── Mas isso não muda o meu amor imenso por você, filha.

Senti um sentimento de ternura assim que seus lábios vieram de encontro com a minha bochecha, o que me fez esboçar um sorriso fraco. Era bom vê-la tão carinhosa depois de tanto tempo, sei que me afastei depois de todo o inferno que passei, mas eu precisava de tempo e queria tentar lidar com isso sozinha.

Me sentia culpada ao saber que não tinha coragem de contar tudo, de desabafar em seus braços calorosos, era terrível me sentir envergonhada quando nada daquilo fora minha responsabilidade, mas sim daquele loiro nojento.

── Aliás, você está fora do castigo. ── Minha mãe disse enquanto colocava a alça da sua bolsa sobre o seu ombro. ── Pensei em pedirmos pizza essa noite, se você quiser.

── É claro que eu quero! ── Respondi animada.

── Ótimo, vou para o trabalho. ── Ela sorriu e se direcionou até a porta. ── Nos vemos mais tarde, te amo docinho!

── Te amo mais!

Sorri sinceramente para mim mesma, terminando de tomar todo o líquido quente que havia sobrado dentro da caneca em minhas mãos.


desire for revenge. ❨ tom kaulitz ❩Onde histórias criam vida. Descubra agora