desire for revenge. ❨ tom kaulitz ❩

sixteen.

( ★ ) ── 𝐋𝐈𝐋𝐈𝐓𝐇'𝐬 𝐩𝐨𝐯.

Era agoniante não saber a verdade, agoniante não saber o estado que Tom estava após aquela briga. Fora tudo tão brutalmente rápido que mal tive forças para reagir, se é que tivesse algo que eu pudesse fazer, de alguma forma foi bom ver Emmett caído no chão daquela forma, foi bom ver sua humilhação e a sua dor assim que o sangue escorreu de seu lábio.

Liguei para Bill na manhã seguinte questionando sobre seu irmão, mas não ganhei nenhuma resposta a não ser um "ele está bem. Preciso ir Lilith, outra hora nos falamos" e aquilo fora o suficiente para eu ter certeza de que algo estava errado.

Quando pisei no colégio senti todos aqueles olhares virem para mim e logo me senti no inferno novamente, meus dias de paz haviam acabado. Me esforcei ao máximo para ignorá-los e me direcionar até o meu armário como se eles não tivessem me afetando, mas a verdade era que a minha respiração tropeçava constantemente.

──  Lilith, você é tão sortuda! ── Uma garota apareceu com sua amiga logo ao meu lado, se apoiando no armário enquanto me olhava com um sorriso enorme nos lábios. ── Queria tanto ter dois garotos gatos como Tom e Emmett brigando por mim.

── Ai meu Deus, a forma como Kaulitz limpou o sangue de sua boca naquela hora. ── A ruiva ao seu lado se abanou com a própria mão.

Tive que me segurar para não revirar os olhos em meio a essa situação estúpida, aquelas garotas eram patéticas. Me recordo detalhadamente da forma como as mesmas riram de mim no dia seguinte em que encontrei Emmett com os lábios no pescoço de outra menina e agora elas estavam ao meu lado, tudo por reputação, tudo para ter seus nomes falados na boca de todos daquele colégio.

── Vão procurar algo para fazer. ── Bati meu armário e saí de perto delas o mais rápido possível, indo em direção a sala de aula.

Hoffmann e Kaulitz brigando por mim? Isso era patético. Tinha certeza que seus desentendimentos teriam haver com o fato de ambos serem tão temperamentais que não tinha possibilidades deles se suportarem por tanto tempo, ainda mais com o álcool trilhando suas veias. Mas de algo eu tinha certeza, amanhã eles estariam bem novamente, sempre fora dessa forma.

Senti uma mão apertar a minha pele com força e me puxar para dentro da sala do zelador, trancando a porta logo atrás de nós. Meu coração se acelerou com o susto e, assim que vi quem era a pessoa que estava naquele cubículo junto a mim, não tive tempo de reagir, sua mão logo estava em meu pescoço, me escorando contra a parede.

Encarava seus olhos cheios de raiva e então senti uma falta de ar me invadir. 

──  Sua vadiazinha estúpida! ── Emmett cuspiu suas palavras imundas em mim. ── Eu juro que se eu souber que está se jogando para cima de Kaulitz eu acabo com a sua miserável vida, porra eu juro pela morte de toda a minha família!

Não tinha forças para me mexer, sentia apenas o medo me consumir. Sabia que Hoffmann não era capaz de fazer algo dentro do colégio, mas sua mão em volta do meu pescoço era sufocante, talvez minha falta de ar tinha haver com o meu nervoso, mas sabia que seu toque era bruto diante de todo o seu ódio.

── Você se acha tanto Lilith, mas não passa de uma garota medrosa. Eu posso fazer todos te odiar mais do que você se odeia, eu posso acabar com a merda da sua reputação e te perseguir até nos seus pesadelos! ── Ele riu fraco ao ver minha expressão de pavor. ── Espero que tenha entendido o recado, bebê. 

O loiro se afastou, finalmente me deixando respirar e me deixou completamente sozinha naquela sala que fedia produtos de limpeza. Por mais que eu não quisesse chorar, não pude evitar deixar as lágrimas trilharem as minhas bochechas e então me deixei levar pelo pavor, pela raiva e pela dor em meu peito.

Como o garoto que eu mais amei se tornou um monstro em questão de dias? Pensei que o conhecia melhor a cada beijo que ele depositava em meus lábios, em cada palavra amorosa que saía dos seus lábios, dos nossos momentos calorosos quando o garoto ainda dizia me amar. Era terrível saber que tudo fora uma mentira, que eu conhecia o Emmett que ele queria que eu conhecesse. 

Mas a minha raiva era maior e meu plano se tornou algo que eu suplicava, que eu desejava. Queria que Emmett Hoffmann se sentisse pequeno assim que me visse colar os lábios com intensidade nos lábios de Tom Kaulitz na sua frente.

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