twenty-four.

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( ★ ) ── 𝐓𝐎𝐌'𝐬 𝐩𝐨𝐯.

Lilith parecia mais linda que nunca sentada sobre o balcão da cozinha, vestindo apenas a minha camiseta e sendo iluminada por uma luz fraca atrás de nós. Seus cabelos loiros estavam despenteados e suas bochechas estavam coradas, mas isso apenas me trazia vontade de beijá-las.

Tê-la totalmente para mim fora algo de outro mundo, Stein era de outro mundo. Seus gemidos, seu corpo esculpido pelos deuses e sua voz suplicando seus desejos me levaram a loucura, e agora a atração que eu sentia por ela estava imensa, mesmo que eu achasse que isso nunca fosse capaz de acontecer. De algo eu tinha certeza, não era um amor de apenas uma noite, o fato de eu estar a apreciando e a desejando ainda mais dizia o quanto o meu desejo fora misturado com sentimento, eu não a amei essa noite, confesso, eu transei com ela, mas havia tanta paixão e afeto em meio à aquilo que era difícil descrever.

── Minha vez. ── Estávamos brincando de perguntas e respostas, a garota parecia estar se divertindo junto ao seu sorvete sobre as suas mãos. ── Onde você aprendeu a tocar guitarra tão bem?

── Meu pai me ensinou quando eu era pequeno, depois disso foi tudo prática. Virou uma paixão, então passou a ser fácil. ── Fui sincero, me aproximando da garota e apoiando meus braços aos lados do seu corpo na bancada onde ela estava sentada.

── Não fique convencido, mas você fica tão gato tocando no palco. ── A loira envolveu suas pernas na minha cintura, me puxando mais contra si com a força das mesmas. Ela deixou seu sorvete de lado e contornou meu pescoço com os meus braços, me fazendo levar minhas mãos para a sua cintura. ── Eu faria de tudo para ser aquela guitarra.

Stein disse antes de selar seus lábios nos meus em um beijo lento, sua língua entrou em minha boca como um veludo. Agora seu beijo tinha um gosto gélido de sorvete de chocolate. Eu amava beijá-la, era como droga e eu estava mais viciado do que nunca.

── É gatinha, as garotas amam quando eu as toco como eu toco a minha guitarra. ── Brinquei.

── Ei! ── Ela me empurrou, rindo junto a mim. Um silêncio pairou sobre nós, mas logo o mesmo fora quebrado com o seu diálogo. ── Precisamos conversar sobre algo.

── O que aconteceu? Eu te machuquei? ── Questionei preocupado, me aproximando novamente. Sei que fui meio agressivo para a sua primeira vez, mas eu nunca iria fazer algo para machucá-la ou algo do tipo.

── Não, não. ── Ela sorriu, mas seu sorriso se desfez tão rápido que senti meu coração acelerar em meu peito. ── O que vamos fazer em relação a Emmett?

Suspirei baixo, sabia que precisávamos conversar sobre isso, mas optei por deixar o assunto cada vez mais longe. Tudo parecia tão bom que não queria estragar com um nome indesejado, sabia que era um assunto delicado para ela, mas também passou a ser um assunto delicado para mim. Eu estava me apaixonando pela ex namorada do meu melhor amigo, o mesmo que me salvou do momento mais traumatizante da minha vida, mas o mesmo que também fez da vida dela um inferno.

── Ele não pode saber disso, não quero que ele te machuque novamente. ── Suas mãos tocaram o meu rosto, trazendo calmaria ao meu corpo assim que seus polegares acariciaram a minha pele. ── E eu sei que se ele souber, ele vai.

── O maior problema aqui é se ele te machucar. ── Dei um ênfase na palavra "te". Percebi que a garota na minha frente ficou meio acanhada, o que me fez suspeitar algo. ── Ele já fez alguma coisa, não é?

Lilith ficou em silêncio por alguns segundos, o que confirmou a minha pergunta. Automaticamente senti minha pele esquentar pela raiva que me consumia, como aquele filho da puta conseguia agir cada vez mais como um babaca? Só de imaginar sua mão bruta na pele dócil da alemã algo fervia dentro de mim, sentia o palmo das minhas mãos doerem.

── Aquele filho da puta. ── Murmurei.

── Não foi nada demais, Tom. Fique tranquilo. ── Senti sua boca tocar a minha bochecha. ── Mas ele realmente não pode saber de nada. Podemos deixar isso em segredo apenas por enquanto?

Assenti com a cabeça, mesmo que meus pensamentos gritavam frases que reagiam de forma banal a sua frase. Eu não concordava com ela, não queria nos manter em segredo, isso seria um inferno, queria poder buscá-la na escola e tocar minhas músicas com meus olhos focados apenas nela, sem me importar com Emmett. Porém eu sabia que a mesma estava certa, que ela estava pensando racionalmente e não com seus sentimentos.

── Vai ser o nosso segredinho. ── Ela sorriu e voltou a selar seus lábios nos meus.

Minhas mãos agarraram o seu quadril, a puxando para mais perto de mim. Eu era alto o suficiente para fazer com que nossas intimidades se tocassem novamente e logo uma nostalgia invadiu o meu corpo, uma nostalgia de momentos não tão longes, mas sim de quando a garota estava totalmente entregue para mim dentro daquele quarto. Eu queria mais, eu precisava de mais e queria que ela soubesse que agora eu era dela, apenas dela.

Deslizei uma das minhas mãos para a sua coxa até chegar em sua calcinha, a acariciando levemente sobre o pano. Senti seu suspiro baixo contra os meus lábios, fazendo com que a mesma deixasse de me beijar, mas não nos distanciando.

── Você fica tão linda usando só a minha camiseta. ── Sussurrei, a fazendo sorrir fraco.

Como um susto vimos a luz da cozinha se acender rapidamente, o que fez com que eu me afastasse da garota com agilidade e a mesma fechasse as suas pernas. Meu irmão se encontrava parado a poucos metros de nós, com seus olhos arregalados. Maldita hora que Bill foi chegar em casa.

── Eita. ── Ele sussurrou antes de tampar seus olhos com ambas as mãos e dar meia volta, saindo de perto de nós enquanto gritava. ── Eu não vi nada, eu não vi nadinha!

Lilith soltou uma risada e cobriu seu rosto com ambas as mãos, me fazendo rir também. Logo a mesma desceu do balcão e se aproximou de mim, rodeando meu corpo com seus braços em um abraço caloroso. Seu corpo era quente.

── Então esse vai ser o nosso segredinho e o segredinho de Bill. ──  Ela disse me fazendo sorrir. Era estranha a forma como eu sorria tanto quando estava perto dela, minhas bochechas chegavam a ficar doloridas. ── Tom, eu preciso ir antes que minha mãe perceba que eu não estou em casa. Já está tarde.

── Eu te levo, vai pegar suas roupas no quarto. ── Depositei um selinho em seus lábios. ── Mas não tire a minha camiseta, por favor. 

desire for revenge. ❨ tom kaulitz ❩Onde histórias criam vida. Descubra agora