XX. Proclamação

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*Vaticano*

O dia mal começou a raiar, o sol ainda se mostrava tímido perante o resplendor da lua. Roma estava dormindo, as portas e janelas estavam muito bem trancas. Diante desse cenário, três cavaleiros galopavam rapidamente pelas estreitas ruas, acordando a população por onde passavam com o som dos cascos.

Não era só pelo de insatisfação dos moradores que podiam ser localizados, já que contínuos rastros de sangue marcavam as ruas por onde passavam. Assim, vão pintando a cidade até o seu centro. Não demora para aquele grupo chegar aos portões da santidade, estavam em frente ao imponente Vaticano.

Os soldados da muralha estavam relaxados, quase dormindo por ficarem a noite toda de patrulha, entretanto, ao verem três cavaleiros ensanguentados se aproximando, ficam apostos. Suas vestes não mentem para os devotos guardas, templários feridos se aproximavam.

Gritos e ordens fazem com o que o portão seja aberto para os chegantes, todos gravemente feridos junto aos seus cavalos. Houve alguns breves questionamentos descontinuados sobre suas origens, em virtude de um homem rapidamente reconhecido, Meroveu.

Gritos clamando por médicos ecoam por todo território santo. No entanto, não era isso que mais intrigava aqueles que se aproximavam, sete corpos de templários estavam amontoados na traseira dos cavalos, todos os novatos e prodígios combatentes da fé estavam mortos, incluindo Ritter, o questionador.

Antes que houvesse dúvidas sobre o acontecido que causou tão terríveis danos, Meroveu se precipita e puxa uma cabeça decepada escondida na bolsa de seu cavalo e a levanta o mais alto que pode. Após isso fala em tom alto: "Imperialistas".

A prova era clara, vestimentas e marcas relacionados as viúvas da ditadura imperial naquele pedaço de homem indicavam o que foi dito ser verdade, ninguém ousou questionar o segundo mais santo dos homens, apenas tentaram garantir que o número de vítimas não aumentasse.

O Grão-Mestre e seus fiéis guarda-costas são levados ao melhor médico da igreja e lá são tratados com curativos e orações, além de receberem uma análise mais profunda nos ferimentos. Não existia um machucado mortal, apesar da perca de sangue. Além disso, parecia que nenhum órgão havia sido afetado, os médicos agradecem, oh! Santo milagre! Parece que o próprio Senhor os protegeu, bendito seja!

Meroveu é colocado em um dos melhores e mais espaçosos quartos daquela construção, somente para si. Os médicos avisam que ele precisaria de descanso para se recuperar, no entanto, não demora para muitas pessoas venham lamentar pelo mais devotado dos guerreiros, o qual agradece cada visita simpaticamente.

Todavia, um homem robusto aparece em sua porta, e ambos se percebem instantaneamente. Em um pequeno sinal, o quase santo solicita que todos se retirem de seus aposentos naquele momento. Sem oposição, em menos de um minuto a sala está vazia fora aqueles dois homens.

O convidado era um homem forte e alto, próximos de 2 metros de altura. Vestia uma roupa militar negra com uma cruz potençada vermelha bem ao centro. Seu rosto era robusto, longos cabelos negros caracolados cobriam parte de suas grossas sobrancelhas, além disso, seus olhos tinham a mesma cor de sua barba, um castanho tão escuro que tende ao preto.

Ele se senta em uma cadeira bem a frente de Meroveu e ali se encaram por alguns segundos, ambos com faces sérias.

— Como foi a viagem? — O homem barbado pergunta sem uma expressão amigável.

— Como pode ver, não foi muito ideal. — Meroveu responde na mesmo entonação.

— Sete mortos, nenhum dos seus capangas, muita sorte não?

— Experiência tende a ser um fator decisivo em batalhas.

— Claro... imperialistas, você disse não foi? Pensava que detinham mais força ao redor de Sunderland, porém pelos seus ferimentos, isso não aconteceu a mais de um dia. — A intenção de tal fala era clara, o barbudo duvidava da veracidade de tais acontecimentos.

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