Interesse mútuo

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Meus pensamentos estavam confusos naquele momento. Sentir seu cheiro amadeirado tão perto era perigoso de mais para mim. Tínhamos uma acordo, desde o início, éramos um casal, tínhamos tudo o que precisávamos um com o outro, mas quando foi que permiti que tudo isso acontecesse? Quando foi que deixei que as rédeas caíssem de minhas mãos ?

Meu peito se apertou de uma forma descomunal, apertei ele mais forte a mim, como nunca antes, como se tivesse medo de que, o soltando ele iria embora.
Busquei em minha mente as palavras de minha tia, para que eu pudesse me fortalecer e deixar esse aperto incômodo ir embora de mim, mas não conseguia. Eu estava inerte ali.

Talvez meu erro desde o princípio foi...
Olhar nos seus olhos, e ver o quão lindos e intensos eles são, adorar a forma como eles me vigiam, adorar a forma como ele me olhava enquanto estava nua a sua frente, ou adorar a forma como eles brilhavam quando ria de algo. Talvez meu erro foi permitir que me tocasse de mais, com suas mãos firmes mais ao mesmo tempo macias. Aquelas mesmas mãos que me levavam de um porto seguro, a um turbilhão de sensações magníficas e prazerosas. Talvez meu erro foi sentir seu cheiro, aquele cheiro gostoso de homem alfa que ele exalava, principalmente quando saia do banho apenas de cueca boxer.

Confesso que tenho culpa, que cometi todos os erros possíveis que me levaram ao lugar que estou agora. Mas o meu maior delito cometido, com toda certeza, foi de entregar não somente o meu corpo, o meu tempo, a minha vida a ele. Eu entreguei o meu coração.
Cristopher tem o meu coração em suas mãos, e por mais que eu queira deixar de ama-lo, não consigo. Mesmo tentando sentir raiva por tudo o que ele me fez, jamais conseguiria odiar alguém que amo tanto.

Sem conseguir me conter levanto minha cabeça em direção ao seu rosto, vejo que seus olhos brilhavam em curiosidade.

- Eu te amo Cristopher, mas do que eu gostaria de amar - digo em tom baixo.

- Não mais, do que eu Te amo Dulce Maria.

Não consegui conter as lágrimas que caiam sobre meu rosto devagar. Mas ele fez questão de limpar cada uma, e segurar meu rosto com suas mãos, antes de me proporcionar um beijo incrível, cheio de ternura, eu não me segurei e lhe devolvi o beijo, com intensidade, eu deseja tudo naquele momento, menos que ele parasse.

- Diga me Dul - diz ao se afastar de meus lábios - o que tenho que fazer para que acredite em mim ? - Sua testa colada na minha. Olhei em seus olhos e me permiti me perder ali por breves segundos.