capítulo 9

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   Durante todos os dias da semana, Ansel chegava tarde em casa, horas incontáveis mais tarde. Mas seu pai não se importava, ele estava sempre com um dos jogadores de seu time ou com alguma garota nova, era um adolescente descolado e era normal para Logan a rotina do filho. Mas ainda assim, quando o mesmo chegou quase as onze da noite, ele estava sentado com uma expressão de pavor.

   - Cadê sua irmã?- o homem pulou de onde estava com os enormes olhos arregalados para o filho, havia algo como desespero neles.

   - Achei que estivesse no quarto. - respondeu simplesmente, sem entender porque o pai estava aparentemente tão angustiado. - Não está?

   - Não, não está. E também não foi para a escola, liguei para ela e está fora de área. - Começou a explicar, fazendo o garoto entender o porquê de todo aquelas expressões apavoradas. - Sua irmã está tendo atitudes esquisitas nos últimos meses, Ansel.

    - Violet sempre foi rebelde, pai. Não é novidade ela matar aula para se divertir ou qualquer coisa do tipo. Não se preocupe. - Apesar de confiar no que dizia, havia ficado com uma pulga atrás da orelha. Seu pai não era tão paternal mas amava os filhos a ponto de fazer qualquer coisa por eles, se sentia que algo estava errado, provavelmente poderia estar mesmo.

  O homem de negócios concordou, o filho apertou levemente seu ombro e subiu as escadas para seu quarto, com um trilhão de pensamentos sobre a conversa que tiverá com ele. Após quase vinte ligações para o celular da irmã, ele cedeu ao desespero. Violet deveria estar em casa aquela altura, Ansel sabia muito bem que desde o ocorrido no verão, ela não era a mesma garota festeira que vivia envolvida em encrencas.

   Sem ser as ligações para ela, fez mais quatro para pessoas diferentes, enquanto isso, andava de um lado para o outro dentro de seu quarto, sua mão estava trêmula a cada nova resposta que não dizia aonde estava Violet Rivers.

   - Por favor. Me diga que sabe aonde Violet está. - Implorou para o último número a quem ligou, esperava que diferente dos outros, Ravi.soubesse responder a sua pergunta.

   - Ela saiu daqui de casa à tarde. - Imediatamente as dúvidas sumiram da cabeça de Ansel, sendo substituídas por certezas. Algo estava errado. - Ela não está na casa de alguém?

  - Não. - apertou o celular com força e seus olhos também. Só amava verdadeiramente uma pessoa em toda sua vida e era sua irmãzinha. - Já falei com todo mundo, ela sumiu.

   - Estamos indo. - no segundo seguinte, Ravi que era um garoto naturalmente tranquilo, estava desorientado.

  Após a encerrarão da ligação, foram tortuosos trinta minutos no qual Ansel quase furou o chão do quarto andadando de um lado para o outro, aflito.
Quando a campainha tocou, correu a mil por hora até a porta de entrada, a abriu e encontrou quatro rostos familiares.

  - Precisamos conversar. - Foi Ravi quem falou, Ansel ficou um pouco surpreso com a presença do restante do grupo, mas somente um acontecimento daqueles para os unir de novo. Todo mundo sabia, apesar de tudo, era um por todos e todos por um.

Todos sabiam perfeitamente para aonde irem, antes mesmo do nome do lugar ser dito. Seus corpos estavam maiores mas ainda cabiam dentro da casa da árvore, que mesmo depois de anos continuava do mesmo jeito.

   - Então... - Melina foi a primeira a falar após quase dois minutos cujos utilizaram sentindo o peso das lembranças que aquele ambiente os trazia. A decoração ainda era próspera para seis crianças.

   - Violet pode estar em perigo. - Quem falou em seguida foi Ansel, ele percorreu o rosto de todos que estavam ali, eles podiam ter expressões impassíveis mas no fundo estavam cheios de emoções, no entanto, sendo filhos de pessoas importantes, tinham que saber como clamufar seus verdadeiros sentimentos.

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