capítulo 13

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Eles não sabiam quem era que tinha em mãos um segredo que poderia destruir suas vidas e isso os atormentava. Ansel pensava sobre enquanto tomava um café com o pai, quando o mesmo finalmente tiverá tempo para estar na presença dos filhos, mas naquele dia, era só ele e Logan pois Violet dera uma desculpa meia boca de que tinha um compromisso, mas deveria estar em qualquer canto da cidade apenas para não ter que ficar perto de seu progenitor.

- Temos que ir. - Seu pai surgiu de repente, interrompendo seus pensamentos quando voltou para a mesa na qual estavam, após sair para atender uma ligação.

- Por que? - Questionou curioso, mas sabia que não precisava ser algo urgente para que seu pai voltasse para a empresa, a vida dele era o trabalho.

  - Negócios. - Respondeu de maneira curta, tirando a carteira de dentro de seu terno e largando sobre a mesa algumas notas que cobriria o gasto. - Vamos para a mansão Folley.

  Apesar de morarem na mesma casa, muitas coisas separava aquele homem de seus filhos, e naquele dia, não fora muito diferente, mas acostumado com a frieza do pai, Ansel concordou e com as mãos enfiadas nos bolsos jeans caminhou até o carro com os olhos fixos no chão.

Para ele, não era novidade que o destino fosse para a mansão de Ashley e sua mãe, afinal de contas os pais de todos os seus amigos íntimos tinham negócios com o seu, tanto que fora por isso que aquela amizade tiverá inicio.

Apesar de um pouco chateado por ter seu dia com Logan cancelado, Ansel sorriu internamente pela desculpa para estar com a abelha rainha. Satisfeito por ainda assim sair ganhando, colocou seus fones de ouvido para não ter que começar uma conversa, seu pai não o conhecia suficiente para que tivessem um bom dialogo.

Entraram pelos enormes portões e foram recebidos pelo ambiente familiar, frequentavam aquele lar a tantos anos que eram quase moradores dele.    

Naquele quintal como em qualquer outro daqueles que pertenciam ao grupo de amigos, eles haviam construído muitas lembranças, desde o início da amizade ainda na infância até o final do último verão. E Ansel guardava cada uma delas em seu coração um pouco endurecido demais.

Chegaram no salão principal da mansão e foram recebidos pela sorridente governanta que acompanhou Logan até o escritório de Genevive e deixou o menino ali sozinho no espaço amplo preenchido por móveis finíssimos e quadros bonitos de colecionador.

Com todos os anos que teve frequentando a casa dos Folley, Ansel e os outros passaram a conhecer cada cômodo como se fosse seu próprio lar e ele particularmente se afeiçoou por metade dos empregados. Quando crianças, o grupo aprontava muito e deixava todo mundo de cabelos brancos.    

Parado em frente as escadas, um desses momentos se desencadeou na mente do garoto e ele pode claramente vislumbrar cinco crianças correndo e se empurrando escada acima em gargalhadas. Atrás deles subiu a governanta, zangada com a bagunça que os arteiros haviam feito na cozinha com uma falha tentativa de criarem uma receita diferente. Eles riam e apontavam a língua para ela que no fundo se derretia como manteiga exposta ao fogo mas fingia-se de durona.

Apesar de já carregarem o legado da Elite de Rivers City, aquelas crianças não faziam ideia do que o destino os reservava. Aproximados desde novos pelos negócios dos pais importantes, um virou a família do outro e juntos fizeram um pacto de que nunca iriam se separar e que quando mexessem com um, todos estavam inclusos. Talvez aquele pacto no fim das contas, estivesse destinado a ser a ruína de cada um.

- Ei. - Ansel não sabia quanto tempo havia ficado parado, fitando a casa e vendo nela fantasmas do passado. Do seu passado.

  - Oi, pestinha. - Ele cumprimentou Eloísa, se abaixando para ficar na altura da criança e posicionando suas mãos nos joelhos.

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