Um Criminoso Quase Perfeito p.2

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__ Já temos um suspeito.__ Zie e suas amigas me encararam.__ Você e sua família correm perigo, Zie. Por isso que agora, precisamos manter a calma e prosseguir as investigações com cautela.

__ Quem é a pessoa?

__ Não está na cara?__ Meg parece ter sacado.

__ O Dexter.__ A ruiva disse dando um soco no travesseiro.

__ É ele?__ Zie tentou confirmar comigo.

__ Sim amor, é ele.


Explicar parte do processo investigativo para elas foi moleza, difícil foi colocar juízo na cabeça de Meg que queria socar a cara do fazendeiro desgraçado. Aquele cretino era sujo, e ele vai se arrepender de ter mexido justamente com a família da minha garota.

__ Achou o laudo médico?__ Max confirmou.

__ Como o senhor suspeitou, aquele era falso, a causa da morte foi realmente um tipo de envenenamento.__ Uma raiva me consumiu.

__ Cretino.__ Olhei a hora.__ A policia de Austin já chegou?

__ Ainda não, o previsto para a transferência é apenas as dez.__ Como me esqueci desse detalhe? 

A delegacia logo lotou quando os policiais de Austin chegaram com o furgão e duas viaturas de escoltas para levar os dois desgraçados que ficariam presos até o dia do julgamento. Enquanto isso, o advogado dos dois correm para tira-los da prisão, e com certeza não vou facilitar para isso.

__ Vocês fizeram um excelente trabalho para uma cidade pequena como essa.

__ Somos uma cidade pequena, e não incompetentes.__ Cruzei meus braços em desgosto. Quem diria que eu estaria defendendo Slow Valle?

__ Ok.__ O policial chefe pela operação caminhou até um dos outros policiais.__ Levem os presos, vou falar com o delegado Stallone e já encontro vocês.__ Os presos saíram acompanhados dos policiais de Austin.

__ Deseja mais alguma coisa?__ Tentei não ser debochado, mas não deu.

__ Eu sei quem você é.__ Ainda bem.__ É aquele mauricinho de Dallas que se acha o dono da razão, e agora não passa de um xerifezinho de cidade pequena.__ Quem ele pensa que é?__ Esta gostando de ver que você não é tão grande e bom quanto aparenta ser?

__ Sabe? Eu realmente não lembro de você, então não sei o porque de está me falando tudo isso. Só quero que saiba uma coisa sobre mim, eu não me acho grande, eu só me acho bom no que eu faço. Eu me dedico ao meu trabalho, onde quer que eu vá, darei o meu melhor, seja em Dallas ou aqui, porque esse é quem eu sou, um cara que dá o melhor por amar o que faz, diferentes de uns incompetentes por aí. Agora se me der licença, tenho trabalho a fazer, boa viagem até Austin.


O deixei sozinho e fui fazer algumas ligações. Não me recordei de quem era aquele cara, até lembrar que ele foi um dos meus concorrentes na vaga para delegado em Dallas, pelo visto eles ainda não superaram a própria incompetência.

__ Jason, o relatório das pesquisas estão prontos?__ Peguei um pouco de café.

__ Sim chefe.

__ Onde está o Scott? Ele e o Fuentes  já chegaram?

__ Eles mandaram mensagem dizendo que vão atrasar um pouco porque o carro furou o pneu.__ Droga.

__ Certo. Lauren, organize organize a sala de reuniões, vou resolver uma pendencia e já volto.

Saí da delegacia e encontrei Max no local em que combinamos, era uma casa boa, que depois de uma boa reforma iria ajudar e muito. A autorização do juiz foi importante para mim executar, os pensamentos que eu tanto tive sobre os irmãos. Não só aquelas crianças, como qualquer outras em situação de rua.

__ Está a um preço razoável. Vai querer?__ Max conhecia o dono da propriedade.

__ Vou sim. Me passa o contato do dono, e ajeito tudo.

Seguindo para a delegacia, avistei o carro de Dexter, ia numa velocidade que não condizia com o normal, algo me dizia que ou ele tinha aprontado, ou aprontaria mais uma. Mas ele está na minha mira, não existe nenhum criminoso que fique impune por muito tempo, ele pode até ser um criminoso quase perfeito, mas existe o quase nessa história, porque eu sou o quase da vida dele.


#Continua


DENVER - Homens de ForaOnde histórias criam vida. Descubra agora