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Mais um capítulo do Max e da Charlotte, do início de tudo, agora virá como um pequeno resumo de momentos importantes para os dois

Mais um capítulo do Max e da Charlotte, do início de tudo, agora virá como um pequeno resumo de momentos importantes para os dois

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BÉLGICA
26 DE MARÇO DE 2016

Maaseik não era uma cidade muito grande. Todavia, Sophie-Marie Kumpen parecia incapaz de sair. Ela tinha uma paixão avassaladora pelo local desde quando se mudou com o ex-marido e se estabeleceu em sua casa. Max pensava que poderia ser por conta de ter criado dois filhos ali. De qualquer forma, ele continuava fazendo longas viagens para aproveitar o tempo em família.

Em um dia normal, ele estaria reclamando sobre como não gostava de sair de casa, que vinha apenas para descansar ou qualquer bobagem. Mas era o dia da fundação da cidade, o que significava que teria uma longa palestra quanto a emancipação e mais algumas coisas chatas. Mas, principalmente, convívio com todos os moradores.

Bom, era meio tendencioso pensar que todos os moradores iriam participar.

Entretanto, ela iria. Ela sempre ia nessa bendita festa. E talvez ele tivesse escolhido aquele fim de semana em especifico para retornar a casa da mãe por causa disso. Max duvidava que teria coragem de chegar próximo a ela. Ele sempre amarelava. Sempre a observava de longe e a via rir com outras pessoas. Outros caras. E...

— Que casaco é esse?

Sua mãe o parou, os olhos faiscando pela malha da roupa, provavelmente a achando fina demais para o tempo do lado de fora. E Max escutou a risada de sua irmã por algum lugar assim que a mãe de ambos colocou a touca sobre seus fios de cabelos.

— Não vou com isso.

E ele foi rápido em se desfazer da touca preta e puxar seu boné. Victoria parecia ter ganhado uma descarga de energia, o fazendo encara-la sem entender.

— Você parece um garoto propaganda da Red Bull. — ela jogou o corpo para a frente — Céus! Certo que devemos jogar para o universo o nosso desejo, mas desse jeito vão interpretar que deseja um contrato de publicidade e, não, um assento no carro dos energéticos.

— Cala a boca!

Sophie-Marie chamou a atenção do homem, mesmo que tivesse 20 anos e não fosse mais um adolescente birrento. E Max saiu emburrado, os braços cruzados e um olhar zangado a irmã.

Talvez ainda fosse um adolescente mentalmente.

A praça da cidade estava cheia, mesmo que estivesse fazendo oito graus e aquilo parecia loucura. As pessoas todas amontoadas tentando fazer o calor corporal das demais surtir efeito em si. Max poderia falar que não sabia o grande motivo para se prestarem a fazer aquilo, até ter a grande visão da Igreja toda iluminada, o padre abençoando os presentes e, mais ao lado, chocolate quente com biscoito sendo distribuídos.

ʟᴜʟʟᴀʙʏ ● ᴍ.ᴠOnde histórias criam vida. Descubra agora