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BÉLGICA27 DE MARÇO DE 2016

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BÉLGICA
27 DE MARÇO DE 2016

Max não conseguia entender o que havia acontecido na casa de Charlotte a algumas horas. E a sua mãe já havia percebido que algo realmente estava martelando a sua cabeça, depois de ver o filho ficar sentado no sofá com os olhos fixos a parede. Victoria, em sua grande sabedoria, preferiu deixar o irmão mais quieto. Sabia que se algo sério estivesse acontecendo, falaria. Era assim desde o tempo das merdas vindas de Jos Verstappen — o pai dos dois. E nada poderia ser pior que uma visita de seu pai ou uma das merdas dele depois de uma corrida... Ela sabia disso, mesmo sendo a princesinha da casa.

— Estou preocupada com ele.

— Por quê? — Victoria encarou o irmão, o vendo deitado de costas no sofá, um dos braços caído pela lateral — Tá sendo o esquisitão de sempre. Nada fora do normal.

— Victoria!

— Não falei nenhuma mentira. — a loira sibilou, vendo a mãe a olhando de maneira irritada.

— Ele mentiu essa manhã para mim.

— O que ele mentiu, mãe?

— Falou que dormiu na casa de Florence, mas ele não dormiu nos Bilard. — Victoria encarou a mãe, como quem perguntava de onde vinha tamanha certeza — Ele avisou ontem que estava ali, mas pela madrugada saiu acompanhada de uma garota.

— A senhora estava monitorando a casa vizinha?

Sophie tripudiou da pergunta da filha.

— Não, estava prezando pela segurança do meu filho.

— As vezes a senhora me dá medo.

A mais velha deu de ombros, os olhos indo até onde o filho analisava o celular, como se magicamente uma solução estivesse surgindo.

— Alguma coisa aconteceu.

— Ele tem dezoito anos, mãe. Nem morar conosco mora mais, apenas vem para essas visitas esquisitas e meio estranhas. Ele sabe o que está fazendo.

— Ele ainda é o meu garoto. O dia que tiver os seus, irá me entender.

Ambas acabaram se assustando ao ver o loiro pular do sofá, o celular em mãos, digitando rápido. Max tinha acabado de entender que não conseguiria compreender a atitude de Charlotte sem uma segunda opinião. O problema era que sua segunda opinião não poderia ser as pessoas próximas a ele no momento. Ou seja, precisava de alguém fora sua mãe e irmã. E a sua mente deveria estar com algum problema, mas a única pessoa que parecia provável de o ajudar era seu colega de equipe.

ʟᴜʟʟᴀʙʏ ● ᴍ.ᴠOnde histórias criam vida. Descubra agora