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BÉLGICA

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BÉLGICA

5 DE JULHO DE 2016

Charlotte não sabia muito bem o que falar ou fazer assim que parou na frente da casa de Sophie-Marie Kumpen. Ela nunca sequer tinha conversado ou trocado qualquer tipo de cumprimento com a mulher. Victoria havia tido um pequeno convívio, mas ainda era pouco. Mas Max tinha dito que não conseguiria ir até sua casa, porque aconteceu alguma coisa no caminho que machucou sua mão e a mãe o estava monitorando. E ele estava furioso. E ela entendia ele. Todavia, não tinha como esperar muito tempo para dar a notícia que tinha e, por fim, acabou na frente da casa da kartista mais famosa do país.

Max havia conseguido o P2 na última corrida na Áustria. E a notícia de sua presença na cidade, tinha causado um pequeno rebuliço. E Charlotte sabia que a Sophie-Marie estava recebendo a maioria das pessoas que se animava a chegar a casa para pedir autógrafo ou qualquer coisa desse tipo. E, bom, a jovem não tinha muito tempo para enrolar sobre o assunto a tratar com Max.

Parecia engraçado que antes de descobrir, não havia sentido nenhum sintoma. Entretanto, agora ela enjoava das comidas, ficava tonta a cada segundo e, de repente, percebia uma barriga. Ela ainda não tinha uma barriga tão grande, mas na cabeça da estudante existia. Fora precisar sentir tudo isso e fingir não, pois Chloe não poderia saber da novidade.

Ela se adiantou pela calçada, parando a frente da porta da casa. A mãe do piloto morava em uma grande residência, uma das mais bem avaliadas e mais cara também. A propriedade em si dava certo medo em Charlotte, porque se fosse comparada a sua casa, era como se ela morasse na sarjeta de Maaseik. E ela não fazia ideia de quanto tempo passou encarando a porta. Se foi dez, vinte ou, até mesmo, uma hora. Ela não fazia ideia. Mas seus dois semestres de arquitetura estavam dando frutos, porque já fazia ideia de como o projeto tinha sido montado só pela imagem da frente.

— Sabe que ninguém pode te atender se não bater na porta né?

A castanha voltou os olhos para a lateral, vendo Victoria. Charlotte conhecia a irmã de Max, tinha a ajudado em uma matéria na escola a vários anos atras. Antes de seu primeiro encontro com Max na casa de Alana, antes de tudo. A loira ainda mantinha os fios bem claros e possuía o mesmo sorriso de Max. E a morena se viu encarando o sorriso na sua frente, engolindo em seco ao pensar que o loiro certamente não o daria nenhum, principalmente ao saber o motivo de sua presença ali. Talvez ficasse irritado e a chamaria de vigarista. Ela não o julgaria, mas provavelmente iria chorar. Ela culpava o ser-humaninho na sua barriga por isso. Talvez devesse o chamar de "feto" como em Crepúsculo.

— Hey! Eu lembro de você! É a Charlie, não? Você me deu aula de inglês a alguns anos!

— Na verdade é Charlotte.

ʟᴜʟʟᴀʙʏ ● ᴍ.ᴠOnde histórias criam vida. Descubra agora