Capítulo 1

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As aulas se encerram e eu finalmente poderia raciocinar sem risco de entrar em combustão.

Assim que atravessei os portões do campus me dirigi ao ponto de táxi que ali perto havia.

Meu destino era estande de tiro à duas quadras de distância do meu apartamento e depois a academia ao lado do mesmo.

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Após o treino, caminho até meu apartamento com a mochila nos ombros, mais um mísero lápis ali dentro e eu iria ao chão.

Treinava pra não perder o costume. Eu já atirava e tinha a mira impecável.

Hoje escutei as meninas na aula comentando sobre Titanic.

Me toquei que por tanto que eu ouvisse falar, eu nunca tinha assistido o rumorado filme.

Tomei um banho, vesti meu pijama curtinho, fritei batatas e fui pra meu quarto com as minhas queridas e crocantes batatas em mãos - ou pote!? - me deitando em minha cama e indo à procura do filme.

A tv é grande e a cama também. Está tudo tão silencioso - é óbvio otária, você mora sozinha! - era perfeito pra manter o foco no filme.

Não que eu tivesse problemas pra focar com barulhos ao redor, mas ainda era melhor ter o bendito silêncio.

No começo do filme eu queria atirar na cara do suposto futuro macho da Rose.

E estava encantada com tudo no Jack.

Quando eles prenderam o Jack, eu queria atirar na cabeça de todo mundo.

Aí a Rose foi ajudar e eu cogitei em atirar só no ombro dela, ela era de confiança, fiquei surpresa.

Quando começou a ficar louco de verdade, eu fiquei aflita e deduzi que vivo algum dos dois não sairia.

Confirmei minhas deduções chorando.

Porra, o Jack morreu...qual foi, James Cameron!?

Terminei o filme irritada e triste.

Lavei o quê eu usei, apaguei as luzes e tranquei a porta do quarto - ah, mas você não mora sozinha? Sim, minhas paranoias me dizem que justamente por isso devo trancar - e fui deitar no meu mar de edredons.

Agora...alguém me explica porque eu estou em um bote minúsculo no meio do mar de água salgada e fria, muito fria.

Faz algumas horas que eu tentei parar de acordar...aparentemente não estou dormindo.

Descobri que a minha tatuagem de uma lua nova no pulso era algum tipo de bolsa mágica? Não sei explicar, sei que se eu imaginar, e apontar a tattoo - o pulso - pra onde eu quero ela brilha e, aparece.

Como eu descobri? Estava com sede e pensei em água, a garrafinha voou na minha face...bom, saiu de algo em mim, não vai estar envenenado, né? Que seja.

Já comi um hambúrguer e descolei um moletom, eu estava prestes a imaginar um iate quando um navio imenso, apareceu no alcance da minha visão.

Aquilo deveria ter uns cinquenta e quatro metros, era enorme.

Talvez eu conseguisse ajuda, ou fosse atropelada - ou afundada? - desejei um sinalizador, se der problema eu pulo de lá, certo?

Ah, a adorável Florest não havia se dado conta de quão real era a situação. Mas em breve irá.

- Titanic! Tá Zoando!? Onde histórias criam vida. Descubra agora