Capítulo 6

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Acordo escutando o som delicioso de chuva. Ah, perfeito: quero dormir de novo, penso jogando os braços para fora da cama os deixando pendidos e apoio minha cabeça na borda olhando para o chão forrado.

Um flash de luz adentra meu quarto rapidamente e se apaga na mesma velocidade em que apareceu. Um relâmpago. Espera, chovia no filme? Eu não lembro disso...

Não importa, preciso me levantar.

Me levantei e me observei no espelho, gostosa.

Logo imaginei uma roupa apropriada para treino, e logo estava com um conjunto de top e short em mãos. Fui para a sala, lá seria minha "academia". Iniciei com os alongamentos. Não vou me descuidar por estar na situação em que estou.

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Após o treino, tomo um longo banho de chuveiro.

Me sinto renovada, não tem como negar.

Imaginei uma pasta de dentes novamente - perdi a anterior, não perguntem como - , uma escova e fio dental.

Finalizei meu cabelo de maneira simples e "peguei/imaginei/desejei" um óleo corporal de uva.

Após secar meus cabelos fiz uma trança lateral para o lado esquerdo, assim o cumprimento deixou meu quadril e agora alcançava apenas a cintura.

Desta vez desejei um vestido verde escuro longo. Um envoltório de ombro branco. Luvas brancas de cetim pouco acima do pulso. Coloquei meus saltos cubanos pretos e jóias que usei anteriormente e estava pronta.

Eu precisava arquitetar um plano B para que o naufrágio não ocorresse. Já tinha o A em mente.

Agora vou aproveitar os próximos dias de paz.

Sai do alojamento e fui explorar novos ares.

Acabei encontrando o salão de jantar, perfeito.

Haviam muitas pessoas, muitas mesmo. E todas elas colocaram seus olhares sobre mim. Não tentei decifrar nenhum, sabia que não seria agradável.

Observei todo o salão de jantar. Encontrei! Uma mesa vazia, e a última mais ao canto.

Me direciono até a mesma.

Logo um garçom vem perguntar o quê quero e se eu estaria aguardando por alguém, nego.

Em seguida peço por uma porção de camarão, bastante arroz, um consomê fermier e um vinho que fosse de sua escolha, com isso ele se retirou.

Esperava tranquilamente, observando os músicos tocarem, pareciam ansiar por apreciação, e se realmente fosse isso, eles definitivamente coseguiram a minha.

Estava tão focada neles que, só percebi que havia alguém perto quando o assento ao meu lado na mesa foi ocupado, Jack. - O olhei surpresa, mas logo relembrei do ocorrido com Rose no filme, motivo que o levou a estar no salão de jantar da primeira classe. (Ele salvou a Rose).

- Senhor Dawson! - Digo sorrindo ao vê-lo e estendo minha mão que ele prontamente beijou em cumprimento.

- Senhorita Franer, vejo que ainda não procurou por companhia hm?! - Diz olhando para meu rosto, mas não para meus olhos, já os seus se focaram brevemente em meus lábios que brilhavam pelo gloss e se desviaram para minha trança. Sempre curioso.

- É o quê parece, não é? - Digo dando um suspiro preguiçoso e lhe direcionado um olhar suave.

- Por quê você sempre me observa como se estivesse buscando ou memorizando algo, senhor Dawson? - Pergunto realmente curiosa com seus intensos e curiosos olhares.

- Titanic! Tá Zoando!? Onde histórias criam vida. Descubra agora