- Nua, sem nadinha? - Pergunto o óbvio, pra ter certeza que eu não estou alucinando.
Minha expressão facial demonstrava quão confusa e surpresa eu estava.
Ele me olha e sorri divertido.
- Sim, Florest. Sem nadinha. - Ele responde escolhendo um lápis.
Penso e cogito: eu tenho base pra fazer isso sem desmaiar?
Não é como se eu fosse virgem ou insegura. Mas eu nunca fiquei em exposição, literalmente como uma obra. E quanto mais na frente de alguém cuja personalidade e carisma me afetam tanto.
Bom, vamos lá. Acredito que ele me observa tanto quanto eu o faço. Pois antes mesmo de eu responder ele já havia aberto seu caderno.
- Deduzo que esse olhar seja um sim? - É, acho que preciso atuar com meus olhos também? Mas não quero atuar com ele, Jack conquistou minha simpatia e amizade sem que eu percebesse e, isso não me decepciona nem um pouco, todo o contrário.
Posso não lhe contar todas as verdades, mas não serei uma mentira/farsa.
- Aonde você quer que eu esteja? - Pergunto o olhando serenamente.
- Pode ser aí aonde está, a maneira como a cama parece tentar engolir você de certa forma confortante. - Fala olhando o espaço aonde estou. Ele poderia tenta me engolir também... Penso e logo me toco que ainda estou em silêncio. Céus, preciso focar!
- Certo. -Engatinho para o chão aonde está o tapete. Já de pé, abro o fecho na lateral do vestido.
Jack, ainda sentado à escrivaninha, retira sua atenção do caderno imediatamente e olha pra mim com os lábios entreabertos e olhos arregalados.
Certo...ele não achou que eu fosse me despir na sua frente, mas qual é! Isso não é nada em comparação ao que ele quer ver.
Deixo o vestido finalmente fluir em direção ao tapete. Me inclino para retirar a pequena calcinha preta que estava vestido porém Jack coça a garganta e eu o olho.
- O quê foi? - Encaro ele ainda inclina para terminar o que comecei.
- Ah, pode permanecer com e peça. - Ele diz sereno mas seu nervosismo era notável. Mas por quê ele estava nervoso?
- Não era "sem nadinha", senhor Dawson? - Pergunto, implicando com ele.
- E será. Primeiro quero te desenhar assim, essa peça ficou perfeita sem acompanhamento. - Cacete, espero que alguém encontre a postura que eu perdi e, devolva-a.
Notando que meu silêncio, Jack resolve saciar sua curiosidade novamente.
- Ah, Florest? Porque seu corpo é tão... forte? Definido? Não sei como dizer. É diferente. - Pergunta olhando para minhas pernas seguindo seu olhar para meu abdômen, seu olhar se fixa em meus seios descobertos.
O silêncio reina por alguns segundos.
Ele morde os lábios antes de se dar conta do quê fez e recobrar postura. Volta seu olhar para meu rosto, ainda curioso e à espera da minha resposta.
Eu não sei se serei capaz de seguir sã.
Certo, essa é minha brecha pra justificar situações futuras.
- Ah, minha família não é rígida e muito menos mantém a mente fechada às possibilidades, portanto permitiram que eu tivesse treinamento com os oficiais do nosso território, para que eu fosse capaz de me defender. - Minto. E pego o vestido do chão e o colocando em cima da mala perto da cama. Ficando de costas para o mesmo. Quando me viro novamente, sei pelo seu movimento de cabeça que, ele estava olhando minha bunda. Não julgo.
Subo na enorme cama e hesito antes de ir engatinhando para o meio, a cama era grande e muito macia o quê causaria desequilibrio caso eu fosse em pé.
E lá estava eu: engatinhando de quatro com uma minúscula calcinha preta em meio aos lençóis e travesseiros brancos.
Gosto de travesseiros, então anteriormente havia desejado um monte.
- Isso é muito legal! - Ele diz animado, como se eu não estivesse de quatro seminua. Certo talvez ainda dê pra recuperar minha dignidade algum dia.
- Certo, Jack. Agora o quê eu faço? - Digo ao finalmente chegar ao centro da cama.
Ele se levanta da escrivaninha e vem em minha direção, ele deixa o caderno na beira da cama e sobe, engatinhando porém, por ser maior que eu, não demora muito pra me alcançar, por reflexo, me deito.
Eu perguntaria o quê ele estava fazendo, se eu encontrasse minha voz.
Minha respiração se tornou pesada, quente. Ele parou em cima de mim, mas não me olhava.
Ele era tão grande que a sombra de seu corpo sobre mim, me cobria toda.
Com suas mãos apoiadas ao lado da minha cabeça, ele não encostou em meu corpo.
Até ele tentar alcançar algo atrás de mim e seu corpo inclinar para cima do meu, roçando seu peitoral coberto pela blusa em meu seios nus. Prendi o gemido, soltando apenas um suspiro, constrangedor. Meus seios sempre foram extremamente sensíveis.
Ele respirou fundo ao ouvir, porém continuou com sua tarefa, até então, desconhecida por mim.
Logo ele se afastou ficando de joelhos na minha frente. Me observou e eu? Nada disse. Nem sei se ainda sei como fazer isso.
- Venha aqui. - Ele disse me chamando com as mãos.
Fiz o que pediu, fiquei em sua frente imitando a maneira como ele estava de joelhos na cama, mas eu ainda permanecia estupidamente menor que ele.
Ele abaixou a cabeça para me olhar e lançou sua mãos lentamente em minha direção.
Não posso atacá-lo, me recordei. Não irei agarrá-lo, repeti em minha mente como se fosse um mantra.
Mas o cheiro dele tão perto...ele cheirava à hortelã/menta, mas não havia nenhum produto com esse cheiro no eu banheiro. Interessante, seria natural? Mas como alguém tem cheiro de hortelã naturalmente?
Não vou agarrá-lo. Não vou agarrá-lo.
Ele pegou meus cabelo que estavam para trás e os colocou sobre meus ombros, fazendo com que meus seios fosse cobertos. Eu estava trêmula, mas se ele perguntasse, eu negaria veemente.
- Deite-se aí mesmo, Florest.- E ele falou serenamente. Por não ter acostamento eu não queria deitar ali, mas ele falou e eu fiz, me surpreendi ao ver que o haviam vários do meus travesseiros atrás de mim, garoto bobo.
O olhei e ele ri discretamente enquanto voltava para a escrivaninha.
Com seu caderno e lápis em mãosnele pede para que eu permaneça com uma perna esticada e a outra dobrada e meus braços jogados preguiçosamente ao lado da minha cabeça. E assim começa com sua arte e diversão.
VOCÊ ESTÁ LENDO
- Titanic! Tá Zoando!?
FanfictionFlorest, uma jovem aos dezenove anos de idade vivendo no século 21, após um cansado dia na faculdade, sua noite de descanso chega. Ela resolve encerrar assistindo Titanic. Talvez tenha sido uma péssima idéia.