Capítulo 11

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Nós saímos do meu alojamento e desta vez tinham pessoas no corredor, também se retirando para tomar café, deduzi, já que todos andavam na mesma direção ao sair dos alojamentos.

Muitos nos encaram, por nossos trajes, eu supunho.

Algumas mulheres olhavam para Jack, nada discretas. Hm... ele é realmente lindo e gostoso. Mas eu não gostei.

Parei com nossos braços ainda entrelaçados e levei a mão livre ao seu cabelo delicadamente e retirei os fios loiros que estavam em seus olhos e bochechas.

Ele olhou sério para algo atrás de mim. E aproveitando minha mão próxima ao seu rosto, a segurou e se abaixou até seu nariz alcançar meu pescoço. Ele deu um selar ali e inalou meu pescoço como se estivesse sentido o cheiro de algo delicioso. Tremi.

- Parece que você atrae mais atenção do que eu imaginei.- Ele sussurrou em meu ouvido - fraca, eu estava -, mas parecia falar mais pra si que pra mim. Ele se afastou e retomamos nosso caminho.

Após alguns passos eu digo em voz calma e olhando os arredores, observando a movimentação:

- Não, senhor Dawson, não sou só eu. - Ele parece finalmente se dar conta de algo além dos homens me olhando e percebe as mulheres lhe comendo com os olhos.

Minha vontade era rir. Mas permaneci séria.

- Acredito que o senhor não vá ter problemas em conseguir trabalho depois que este café terminar. - Eu digo com humor e ao mesmo tempo incômoda, pois era a verdade, e essa não tinha um gosto bom.

- Ah, acredito que assim seja. - Ele disse sem dar muita atenção à isso.

Finalmente chegamos a ala que queríamos.

Encontro uma mesa vazia ao canto e nós dirigimos para lá.

O garçom vem e pedimos qualquer coisa que matasse nossa fome.

- Se me permite perguntar, o quê aquele homem queria contigo? -Pergunta se referindo a Spicer. Parecia intrigado.

- Ah, o senhor dele enviou uma carta me convidando à um almoço de negócios. - Digo o olhando neutra, mas também estava intrigada com isso.

Caledon Hockley pode ser um merda, mas é um merda rico. Não acredito que ele fosse brincar com a palavra "negócio", já que é algo de sua família e ele parece levar muito a sério. Mas isso não significa que suas intenções sejam puras, não espero algo como isso daquele homem.

Ele provavelmente mandou invertigar tudo o quê pode sobre mim desde que algo na minha existência aqui o intrigou.

- Entendo, tome cuidado. - Ele diz com um olhar apreensivo.

- Não tenha dúvidas que irei. - Pronuncio e nossos pedidos chegam à mesa.

Acredito que por sermos algo parecidos eu e Jack olhamos as outras mesas, e logo usamos à etiqueta corretamente.

- Eles nos observam pra criticar e fofocar, e nós os observamos pra aprender, irônico né, Florest? - Ele diz com um sorriso e olhar inocente e atrevido.

Não achei que fosse possível achar o Jack Dawson que eu vi na grande tv do meu quarto, ainda mais fofo e interessante pessoalmente.

- As coisas são como são, infelizmente, ou não. Mas o interessante disso, é poder fazer o mesmo sem peso na consciência. - Alego vaga.

Mas enquanto observava outras mesas, vi a mãe da Rose. A mulher é realmente estranha.

Vejo do outro lado um homem que deveria estar em seus vinte e seis, ele tentou pegar um torrão de açúcar com um hashi, eu não vi sentido, tinha um pegador ao lado pra isso. Catuquei Jack com o cotovelo fazendo um gesto pra que ele visse também. Ele olhou e prendeu a risada.

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